Da Redação
Com Lusa
A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) criticou a inoperacionalidade do Aeroporto Cristiano Ronaldo, considerando que a recente falência da Germania Airlines e a substituição do tráfego que assegurava estão “absolutamente dependentes” dessa operacionalidade.
“Num destino cuja economia depende em mais de 26% do turismo, é incompreensível e inaceitável que não se faça nada para resolver este problema. A substituição do tráfego transportado por estas transportadoras que faliram, bem como o desenvolvimento de novas ligações, está absolutamente dependente da operacionalidade do aeroporto. E o mesmo se passa relativamente ao transporte dos próprios residentes”, diz o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, num comunicado.
O responsável reagia assim à falência da Germania Airlines, anunciada em 05 de fevereiro, e às consequências que terá no turismo da Madeira que, de acordo com os dados do executivo regional, irá perder 106 mil lugares anuais do mercado alemão, segundo principal emissor de turistas para a ilha.
Pedro Costa Ferreira sugere que a falência da companhia aérea alemã obriga a mais investimento, considerando que é o próprio aeroporto a travar a recuperação do turismo.
O presidente da APAVT critica também as exigências que a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) faz ao setor das agências de viagens, afirmando que, na prática, só prejudicam os consumidores.
“Não deixa de ser irônico que, quando a IATA continua a exigir do nosso setor cada vez mais garantias e a impor crescentes restrições à atividade, sejam os seus próprios associados a anunciar, uns atrás de outros, falências que deixam os consumidores sem solução, e os destinos e todos os seus ‘stakeholders’ afetados”, diz ainda no comunicado.
Nesta quinta-feira, ventos fortes na região do Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo fizeram divergir nove voos para outros aeroportos e causaram 12 cancelamentos, entre chegadas e partidas.
De acordo com fonte aeroportuária, os aviões que não conseguiram aterrar na Madeira dirigiram-se para outros aeroportos nomeadamente Porto Santo, Gran Canária, Tenerife e Porto.
As companhias aéreas distribuíram aos passageiros “vouchers” para alimentação e reprogramando os respectivos voos.