Da Redação
“A Agência Espacial Portuguesa será um promotor de novos negócios para que o espaço seja uma forma de criar mais emprego e valor econômico, baseado nas novas tendências das tecnologias espaciais”. É o que defendeu o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
Na cerimônia da escritura de constituição da Agência Espacial Portuguesa (Portugal Space), em Ponta Delgada, nos Açores, o Ministro referiu que este é um “projeto sólido para projetar Portugal no futuro” e destacou o objetivo de multiplicar por dez, na próxima década, os 40 milhões de euros anuais que o setor do espaço representa atualmente.
Manuel Heitor sublinhou que a Agência Espacial Portuguesa agrupa as várias instituições que têm promovido as tecnologias e as ciências do espaço em Portugal e diferencia-se pelo desenvolvimento de aplicações de observação da Terra.
Estas tecnologias espaciais serão aplicadas em setores não espaciais, como a agricultura de precisão, nas pescas, na segurança, quer marítima quer de território, na biodiversidade do território, e no desenvolvimento urbano.
“A Agência terá sobretudo um papel de dinamizar novos mercados para o espaço de acordo com a estratégia de 2030, definida sobretudo por tecnologias de observação da Terra”, reiterou.
O objetivo para a década passa pela exploração de um setor que cresce com o empreendedorismo e onde Portugal poderá desempenhar um papel importante no contexto europeu e passa pela criação de mil postos de novos trabalhos qualificados, defendeu.
Constituição e objetivos
A criação da “Portugal Space” foi aprovada no Conselho de Ministros de 7 de março, resultando da parceria entre o Governo de Portugal e o Governo Regional dos Açores, com a colaboração da Agência Espacial Europeia.
Para além de desenvolver o programa Azores International Satellite launch Programme em parceria com a Agência Espacial Europeia, a “Portugal Space” ficará responsável pela Estratégia Portugal Espaço 2030 e pela gestão dos vários programas nacionais ligados ao Espaço.
Sediada em Santa Maria, nos Açores, terá instalações em Lisboa, procurando também desenvolver o setor espacial no País. Esta meta será perseguida através da criação de condições ao desenvolvimento da capacidade e competências nacionais no domínio da indústria espacial, nomeadamente das novas indústrias do Espaço, bem como investigação científica, inovação, educação e cultura científica, segundo o governo.