Da Redação
Com Lusa
O partido Ação Democrática Independente (ADI) venceu as eleições legislativas são-tomenses de domingo, alcançando 25 mandatos no parlamento, seguindo-se o MLSTP-PSD, com 23 eleitos, anunciou hoje a Comissão Eleitoral Nacional (CEN).
Segundo os resultados provisórios das eleições legislativas de domingo, anunciados hoje ao final da manhã pelo presidente da CEN, Alberto Pereira, dos 55 mandatos na Assembleia Nacional, a ADI, partido do primeiro-ministro, Patrice Trovoada, obteve um total de 25 eleitos, com 32.805 votos.
O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), liderado por Jorge Bom Jesus, conseguiu eleger 23 deputados, recebendo 31.634 votos.
Em terceiro lugar, com 7.451 votos, ficou a coligação formada pelo Partido da Convergência Democrática (PCD, segundo maior partido da oposição, a União para a Democracia e Desenvolvimento (UDD), e o Movimento Democrático Força da Mudança (MDFM), obtendo cinco mandatos.
O Movimento de Cidadãos Independentes de São Tomé e Príncipe elegeu dois deputados pelo distrito de Caué, no sul do país.
As restantes três forças concorrentes não conseguiram eleger nenhum deputado – força do Povo (823 votos), Movimento Social Democrata – Partido Verde (499),e Partido de Todos os Santomenses (224 votos).
Registaram-se 2.351 votos nulos e 885 votos brancos.
Este resultado eleitoral não deverá ser suficiente para Patrice Trovoada renovar o mandato como primeiro-ministro, já que um entendimento com os deputados independentes lhe garantiria uma maioria relativa de 27 mandatos, contra os 28 eleitos da oposição – MLSTP e coligação.
Em 2014, a ADI conquistou 33 lugares no parlamento, alcançando uma maioria absoluta, enquanto o MLSTP teve 16 lugares, o PCD cinco e a UDD um.
O presidente da Comissão Eleitoral são-tomense revelou ainda que a taxa de abstenção se situou nos 19,35 por cento, ou seja, votaram 80,65% dos 97.274 eleitores inscritos.
“Tivemos uma participação maciça dos eleitores”, disse Alberto Pereira, na conferência de imprensa.
Além disso, explicou, esta foi a primeira eleição após a realização de um recenseamento eleitoral de raiz, em que foram retirados os nomes de pessoas que vivem no exterior ou falecidos.
“Temos o número quase real”, considerou.
O responsável disse ainda que a CEN “vai tratar nos próximos dias” da situação da roça Rosema, no distrito de Lembá (noroeste da ilha de São Tomé), onde a população boicotou a votação para reclamar contra a falta de “energia, estrada e água”.