Acusado no caso Lava Jato pede ao Tribunal de Lisboa para ser libertado

A prisão de Schmidt foi resultado de um trabalho conjunto de inteligência entre as polícias de Brasil e Portugal.

Da Redação
Com Agencias

O empresário luso-brasileiro Raul Schmidt, acusado no processo Lava Jato, apresentou ao tribunal um pedido de libertação, depois de ter sido detido no sábado em Portugal para extradição, que terá de ser decidido pelo Supremo Tribunal no prazo de oito dias.

De acordo com informação enviada pelo Tribunal de Relação à Lusa, Raul Schmidt interpôs na segunda-feira um pedido de ‘habeas corpus’, cuja decisão terá de ser tomada pelo Supremo Tribunal da Justiça no prazo de oito dias.

Até lá, refere o presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Orlando Santos Nascimento, o tribunal mantém “a detenção do arguido, devido a novo perigo de fuga e aguarda a decisão do ‘habeas corpus”.

O pedido apresentado pelo empresário luso-brasileiro visa aplicar uma lei posterior à primeira decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, “que faz equivaler a sua nacionalidade à de português nato e com isso evitar a sua extradição”.

O tribunal adianta que não irá fazer novo interrogatório “porque essa fase há muito passou” e lembra que “a detenção teve como finalidade a entrega ao país requerente, Brasil, dado ter transitado em julgado a decisão de o extraditar”.

No dia 03, ele foi encontrado, por volta das 12h30, na localidade de Sabugal, cerca de uma hora de carro da cidade de Lisboa.

O empresário é investigado pelo pagamento de propina a ex-diretores da Petrobras e estava foragido desde 2015. Ele foi preso em Portugal em março de 2016 na Operação Polimento, 25ª fase da Operação Lava Jato.

Em razão da cidadania portuguesa, Schmidt estava ainda aguardando o resultado do processo de extradição em liberdade.

A prisão de Schmidt foi resultado de um trabalho conjunto de inteligência entre Polícia Federal brasileira, Ministério Público Federal, Interpol, Adidância da Polícia Federal em Portugal e as autoridades portuguesas.

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