Da Redação com Lusa
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa, afirmou que a assinatura do acordo bilateral para a construção da Escola Portuguesa em Bissau é a “concretização de um sonho”.
“Está aqui para concretizar o que é para nós um sonho, que é a materialização da construção da Escola Portuguesa, finalmente, depois de tantos anos, na Guiné-Bissau”, disse Suzi Barbosa, referindo-se à presença em Bissau do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e de Cooperação de Portugal, Francisco André, na última sexta-feira.
Francisco André iniciou na quinta-feira uma visita de três dias a Bissau para acompanhar os projetos de cooperação previstos no Programa Estratégico de Cooperação (PEC) para o período entre 2021 e 2025 e assinar o protocolo para a criação do mestrado em Língua Portuguesa na Escola Superior Tchico Té, bem como o acordo bilateral para a construção da Escola Portuguesa, assinado hoje no Palácio do Governo, em Bissau.
“Acabamos de assinar um acordo bilateral nesse sentido. Esta construção está dentro do Programa Estratégico de Cooperação que assinamos em 2021 em Portugal”, disse Suzi Barbosa, destacando que o atual PEC tem um valor superior a 50% em relação ao programa anterior.
“Que estes valores aumentem, mas também que a nossa cooperação bilateral se intensifique”, disse a chefe da diplomacia guineense.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português destacou que a cooperação entre os dois países atravessa um “momento único, de excelência”.
“Esta visita é de facto uma lição de como bem fazer. Estamos nesta visita para cumprir os dois objetivos principais que constavam do PEC”, disse o secretário de Estado, referindo à construção da Escola Portuguesa e à criação do mestrado em Língua Portuguesa.
“A mensagem principal é que nos comprometemos com um conjunto de objetivos que estão já a ser cumpridos. Isso é muito importante porque dá credibilidade aos instrumentos e, sobretudo, dá força à relação entre os nossos dois países”, salientou.
Francisco André manifestou também à chefe da diplomacia guineense o “reconhecimento e o agradecimento da parte de Portugal pela forma como a Guiné-Bissau tem exercido a presidência da CEDEAO” (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental).
“Tem acorrido de forma imediata e eficaz a todos os problemas que têm acontecido na região, tem dado uma credibilidade extraordinária à Guiné-Bissau. A Guiné-Bissau é hoje um país respeitado, ativo no panorama internacional e, portanto, fruto desta parceria estratégica, e desta tão boa amizade que existe entre os dois países, cada um de nós deve continuar a trabalhar para fortalecer esta nossa relação e dar força àquilo que são os projetos dos nossos países”, disse.