Mundo Lusíada
O Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou neste domingo que Portugal vai fechar o seu espaço aéreo a companhias aéreas russas, após a invasão da Rússia à Ucrânia, uma medida tomada também por vários países europeus.
“Portugal vai fechar o seu espaço aéreo a companhias de aviação da Rússia. Tomamos esta medida em articulação com os nossos parceiros europeus e em resposta à agressão da Rússia contra a Ucrânia” divulgou o MNE.
A Áustria, país neutro que não integra a NATO, Canadá e Espanha vão fechar os seus espaços aéreos aos aviões russos a partir da tarde de hoje, após medida já tomada por muitos países da UE, como Portugal.
Com esta medida, a Espanha junta-se aos restantes países europeus que já fecharam o seu espaço aéreo, tais como Portugal, Alemanha, França, Itália, Holanda, Noruega, Finlândia, Islândia, Suécia, Dinamarca, os países Bálticos – Estónia, Letônia e Lituânia – Roménia, Eslovênia, Reino Unido, Polónia, República Checa e Bulgária.
E pela primeira vez, a União Europeia vai financiar a compra e entrega de armas e equipamento militar a um país sob ataque, a Ucrânia, anunciou ainda presidente da Comissão Europeia, que revelou também novas sanções à Rússia.
Ursula von der Leyen anunciou “o encerramento do espaço aéreo da UE a aeronaves de propriedade russa, registradas ou controladas pela Rússia”, incluindo os jatos privados dos oligarcas, que “não poderão aterrar, descolar ou sobrevoar o território da UE”.
Von der Leyen acrescentou que os 27 estão a trabalhar para “proibir os oligarcas russos de utilizarem os seus ativos financeiros nos mercados europeus” e anunciou outra sanção inédita da UE, que decidiu proibir no espaço comunitário “a máquina mediática do Kremlin”, para banir “a desinformação tóxica e nociva” lançada por Moscou na Europa.
Apoio à Ucrânia
O Ministério da Defesa Nacional informou sábado que, a pedido das autoridades ucranianas, Portugal irá disponibilizar equipamento militar como coletes, capacetes, óculos visão noturna, granadas e munições de diferentes calibres, rádios portáteis completos, repetidores analógicos e espingardas automáticas G3.
No dia 25, o Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «houve unanimidade dos Estados tendo em vista reforçar a presença da NATO nas fronteiras da Ucrânia e em todos os países da Aliança» da Europa de Leste, «para que haja uma manifestação muito clara de dissuasão contra qualquer tentativa de prosseguir a escalada militar contra qualquer país da NATO».
E manifestou a solidariedade de Portugal «para com os países que, estando na fronteira com a Ucrânia, serão, previsivelmente, primeiros destinatários de refugiados que pretendam obter proteção internacional».
“Portugal, que tem o privilégio de, há vários anos, ter uma comunidade ucraniana tão bem inserida, tem reafirmado a total disponibilidade para acolher todos os que queiram prosseguir a sua vida entre nós” disse.