Ex-ministro português participa de Conferência de Segurança Internacional no RJ

Da Redação

 

Maior fórum de segurança internacional da América Latina, a XXI Conferência de Segurança Internacional do Forte chega a sua 21ª edição nesta sexta-feira, 27 de setembro. Retornando ao Museu do Amanhã, no Centro do Rio, com um dia inteiro de discussões sobre relevantes questões geopolíticas globais, o tradicional evento do calendário nacional reúne autoridades, diplomatas, representantes das Forças Armadas e acadêmicos da América Latina e Europa com o objetivo de estimular o debate de uma ordem internacional justa e pacífica e que assegure a paz.

A iniciativa é da Fundação Konrad Adenauer (KAS-Brasil), em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e a Delegação da União Europeia no Brasil. Entre os participantes está o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Cravinho.

Em formato híbrido – com discussões presenciais e transmissão online em tempo real e tradução simultânea em português, espanhol, inglês, alemão e LIBRAS – a Conferência traz o tema “Sem Saída? Navegando pela Insegurança Global” e abordará como os riscos sistêmicos como a crise climática, o avanço da inteligência artificial e o aumento das desigualdades agravam ainda mais os desafios de uma ordem global em transformação. O público receberá as boas-vindas de Maximilian Hedrich, Diretor da Fundação Konrad Adenauer (KAS) no Brasil; de José Pio Borges, Presidente do Conselho Curador do CEBRI e de Marian Schuegraf, Embaixadora da Delegação da União Europeia no Brasil.

O Ministro da Defesa do Brasil, José Múcio Monteiro, fará a abertura do evento, às 9h20, ao lado do Diretor para a Paz, Parcerias e Gestão de Crises no Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), Cosmin Dobran, numa conversa sobre o aumento das crises globais a partir do tema “Desafios de Segurança em um Mundo em Desagregação”. Com mediação da Embaixadora Marcia Loureiro, Secretária de Comunidades Brasileiras e Assuntos Consulares e Jurídicos do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o debate deverá trazer questões como a erosão das normas internacionais e a necessidade de reavaliação das estruturas de governança global para a preparação de um caminho de futuro mais estável e seguro.

Às 10h25, o primeiro painel do dia terá o tema “Forjando Novos Caminhos para o Multilateralismo”, que reunirá Melina Risso, Diretora de Pesquisa do Instituto Igarapé; João Gomes Cravinho, Ex-Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal; e Jonatan Vseviov, Secretário-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República da Estônia, sob a mediação de Henning Speck, Conselheiro de Segurança Nacional do Grupo Parlamentar CDU/CSU no Parlamento Federal da Alemanha. No centro das discussões, a intensificação das tensões geopolíticas e o agravamento das incertezas econômicas que levam governos a afastarem-se dos benefícios mútuos da cooperação internacional, dando prioridade à competitividade na busca de ganhos relativos.

Na sequência, o painel “Crime Organizado e Democracia: a escala global do Estado Paralelo”, às 11h35, abordará as ameaças às democracias geradas pela influência do crime organizado na política e na aplicação da lei em escala global. Samira Bueno, Diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Brasil; Alberto Lara, Codiretor do Social Development Group e ex-Vice-Ministro de Segurança e Defesa da Colômbia são os painelistas, e Fernando Azevedo e Silva, general, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o moderador.

Após um intervalo, a programação da conferência retorna com o painel “O Clima encontra a Segurança: ameaças locais, impactos globais”, que traz para o primeiro plano o contexto das mudanças climáticas e como elas podem agravar tensões geopolíticas a partir da busca pela segurança energética e da produção de alimentos, por exemplo. Os painelistas Fabricio Cabrera Ortiz, Diretor do Curso Avançado de Estudos Militares da Escola Superior de Guerra da Colômbia e Kgaugelo Mkumbeni, Pesquisadora no Institute for Security Studies (ISS) da África do Sul, vão discutir como os países podem buscar soluções para evitar a degradação ambiental e mitigar os riscos de segurança associados ao tema da mudança climática. A mediação deste debate será de Feliciano de Sá Guimarães, Professor da Universidade de São Paulo e Diretor Acadêmico do CEBRI.

Questões emergentes como a recessão democrática e o ressurgimento autoritário, com o aparecimento de novas formas de nacionalismo mesmo em democracias consolidadas, serão foco do painel “No Horizonte: Compreendendo a Escalada das Tensões Geopolíticas”, às 15h35, o último do dia. Catarina dos Santos-Wintz, Membro do Grupo Parlamentar CDU/CSU no Parlamento Federal da Alemanha (German Bundestag); Barbora Maronkova, responsável pela Seção de Engajamento de Parcerias Globais na Divisão de Diplomacia Pública da OTAN; e Ronaldo Carmona, Professor da Escola Superior de Guerra (ESG) e Senior Fellow do CEBRI, integram a mesa do debate, que terá a moderação de Oliver Stuenkel, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Todos os palestrantes participarão de forma presencial do evento, que também terá transmissão online ao vivo para quem não estiver no Museu do Amanhã.

Sobre a Fundação Konrad Adenauer:
A Fundação Konrad Adenauer (KAS) é uma fundação política alemã independente e sem fins lucrativos que atua nacional e internacionalmente em prol da paz, justiça e liberdade, tendo como missão defesa da democracia e o fomento da Economia Social de Mercado, com base nos valores da democracia cristã, fortalecer as relações transatlânticas através da cooperação internacional e, para isso, possui mais de 107 representações em todo o mundo.

Sobre o Centro Brasileiro de Relações Internacionais:
Fundado há 25 anos pelo Embaixador Luiz Felipe Lampreia, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) é o principal centro de pensamento e promoção da agenda internacional do país. A instituição prioriza a interdisciplinaridade, a pluralidade e a independência. O Conselho Curador e demais Conselhos do CEBRI são formados por renomados diplomatas, intelectuais e empresários. Estão associadas ao CEBRI cerca de 70 empresas e instituições de diversos segmentos. Os 14 núcleos de trabalho geram debates de alto nível, conteúdo de qualidade e subsídios à formulação de políticas públicas, em temas que impactam a agenda internacional do país. Liderados por especialistas e autoridades reconhecidas, os núcleos têm o objetivo de contribuir para a construção de uma agenda de desenvolvimento, formulação de políticas públicas e inserção internacional para o Brasil.

 

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