Da Redação
Com EBC
Até esta quinta-feira, dia 19, o estado do Rio registra 64 casos, distribuídos pelo Rio de Janeiro (55), Niterói (6), Barra Mansa (1), Miguel Pereira (1) e Guapimirim (1).
O estado do Rio de Janeiro registrou a primeira morte em consequência da COVID-19. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro e a prefeitura de Miguel Pereira confirmam a morte de uma mulher de 63 anos. A idosa, apresentava comorbidades e fazia parte do grupo de risco para a doença.
A Secretaria de Saúde acrescentou que há ainda um caso em investigação em Niterói. O material deu entrada neste dia 18 no Laboratório Central Noel Nutels e está sendo analisado”.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, lamentou a morte. “Estamos todos consternados e tristes. Meus sentimentos a familiares e amigos. Esse vírus nos atinge a todos. É momento de reflexão e de pensarmos nos que mais amamos”, disse.
O governador reiterou o pedido para que a população permaneça em casa. “Reforço para que as pessoas não saiam de casa, que orem e que acompanhem todas as orientações do Ministério da Saúde e da nossa Secretaria de Saúde, para que sigamos juntos unidos contra esse mal que assola o mundo”, afirmou.
A SES informou que a senhora, diabética e hipertensa, apresentou sintomas no dia 15 de março. Após dar entrada em uma unidade de saúde do município no dia 16, apresentou piora no quadro e morreu na última terça. Nesse mesmo dia, o material chegou para a análise do Lacen. A idosa teve contato com paciente com teste confirmado de infecção pelo novo coronavírus que viajou ao exterior.
O secretário de Saúde, Edmar Santos, também expressou solidariedade à família dela e reforçou o pedido de apoio da população nas medidas contra a pandemia adotadas no estado.
“Faço um apelo à população que acredite na gravidade da situação e siga as orientações das autoridades de evitar sair de casa e ir a unidades de saúde sem necessidade. Reforço que nós não vamos descansar na luta para que casos como esses ocorram em menor número possível”.
Hospitais
Os governos do estado e do município do Rio de Janeiro anunciaram a criação de quatro hospitais de campanha para ampliar o atendimento a pacientes devido à pandemia de infecção pelo novo coronavírus. No total, devem ser agregados 1,1 mil leitos ao sistema público de saúde no Grande Rio.
A prefeitura montará um hospital de campanha com capacidade para internar até 500 pacientes no Riocentro, principal centro de convenções da cidade do Rio de Janeiro, localizado em Jacarepaguá, na zona oeste.
Os leitos do hospital improvisado serão usados para internar pessoas que estão se recuperando de cirurgias eletivas ou que estão em tratamento em hospitais da rede municipal. A ideia é liberar as vagas ocupadas por essas pessoas para que pacientes com Covid-19 possam ser atendidos nos hospitais municipais.
O hospital de campanha do Riocentro deverá ter apoio das Forças Armadas, segundo a prefeitura. Além disso, estão sendo requisitados 400 profissionais do Programa Mais Médicos, do governo federal.
Subiu para 428 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil, de acordo com as informações repassadas pelos estados ao Ministério da Saúde nesta quarta-feira (18). Até o momento, são mais quatro mortes confirmadas, todas no estado de São Paulo. Estão em investigação 11.278 casos suspeitos e outros 1.841 já foram descartados.
As capitais Rio de Janeiro e São Paulo registram casos de transmissão comunitária, quando não é identificada a origem da contaminação. Com isso, o país entra em uma nova fase da estratégia brasileira, a de criar condições para diminuir os danos que o vírus pode causar à população por meio da prevenção. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que as ações realizadas pelo Brasil para o enfrentamento ao coronavírus são semelhantes às de países desenvolvidos.