Manaus 4 de maio – Prefeito Arthur Neto apresenta hospital de campanha municipal ao ministro da saúde Nelson Teich. Foto: Alex Pazuello/Semcom
Da Redação
Nesta segunda-feira (4), o ministro da Saúde, Nelson Teich visitou hospitais na capital Manaus (AM) e se reuniu com autoridades locais para acompanhar de perto as ações desenvolvidas no enfrentamento à COVID-19.
Desde o início da pandemia no Brasil, o Ministério da Saúde destinou R$ 68,8 milhões ao estado para o fortalecimento da rede hospitalar e de vigilância, além do envio de 1,5 milhão de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de 90 respiradores. O estado do Amazonas possui 7.242 casos e 584 óbitos, registrando uma das maiores taxas de incidência do país.
Acompanhado do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, o ministro da Saúde visitou as instalações do Hospital de Campanha Municipal Gilberto Novaes, além do Hospital de Retaguarda Nilton Lina e Hospital Delphina Rinaldi Abdel Azir.
“É uma situação única que o Brasil e o mundo estão vivendo. É uma doença que chega com uma capacidade enorme de sobrecarregar qualquer sistema do mundo. Mas tenho certeza que, trabalhando em conjunto, de forma planejada e estruturada, vamos ajudar a sociedade e fortalecer no nosso sistema de saúde”, destacou Teich.
Do total de recursos já repassados para o estado, R$ 47,9 milhões são referentes a uma parcela adicional paga mensalmente para cada estado e município em apoio a assistência hospitalar e de cuidados básicos (Teto MAC/ PAB) mensal.
Outros R$ 20,4 milhões foram destinados ao estado por critérios populacionais e distribuídos para livre uso dos gestores locais. Mais R$ 150 mil foram enviados para apoiar a ampliação do horário de atendimento dos postos de saúde, por meio do programa Saúde na Hora. E outros R$ 269,6 mil foram pagos em incentivo para garantir que pacientes com suspeita ou confirmação para COVID-19 possam continuar tratamento de hemodiálise, de forma segura, com descarte de materiais.
O Ministério da Saúde também distribuiu cerca de 1,5 milhão de Equipamentos de Proteção Individual para o estado do Amazonas, sendo 88.803 aventais descartáveis, 455.048 luvas, 79.800 máscaras N95, 488.800 máscaras cirúrgicas, 1.340 óculos de proteção, 4.500 sapatilhas e 337.500 toucas descartáveis, além de mais de 15 mil litros de álcool etílico.
Também foram habilitados 184 leitos de UTI Adulto e Pediátrico, em cinco hospitais em Manaus, para atender exclusivamente pacientes graves ou críticos com COVID-19. São eles: Hospital e Maternidade Chapot Prevost, Hospital Nilton Lins, Hospital Pronto Socorro 28 de Agosto, Hospital Universitário Getúlio Vargas e Hospital e Pronto Socorro da Zona Norte Delphina Aziz. Foram enviados 90 respiradores para o Amazonas, sendo 35 ventiladores de transporte e 55 de UTI.
O estado amazonense recebeu ainda do Ministério da Saúde mais de 116 mil testes de diagnóstico sendo 40.768 RT-PCR (biologia molecular) e 75.320 testes rápidos.
Os 267 profissionais de saúde contratados para atuar no enfrentamento à COVID-19 chegaram ao estado do Amazonas nesta segunda-feira (4) e passam por capacitação. São 37 médicos, 118 enfermeiros, 57 técnicos em enfermagem, 26 fisioterapeutas, 12 farmacêuticos e 17 biomédicos.
Estes profissionais se inscreveram na ação estratégica “O Brasil Conta Comigo”, que está cadastrando e capacitando profissionais, residentes e estudantes da área de saúde de todo o país para atuarem no atendimento à população diante da pandemia de coronavírus, em apoio aos estados e municípios que mais precisam.
Desde a criação do hospital de campanha, 113 pacientes vítimas da Covid-19 já receberam alta, fazendo uso do “método Vanessa”. Atualmente, são 99 leitos, sendo 38 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e mais 61 de semi-intensivas. “Nosso objetivo é ampliar esse número para 279 leitos o mais rápido possível e garantir atendimento a quem precisa. Por isso, é tão importante a visita do ministro, para ver o esforço que estamos fazendo e o quanto precisamos de ajuda para salvar mais vidas”, justificou o prefeito.
O “método Vanessa”, para tratar pacientes com Covid-19, consiste em uma cápsula que envolve o paciente da cabeça até a cintura, para ministrar oxigênio sem entubação.
“Já tínhamos conhecimento dessa metodologia e já estamos trabalhando para trazer um grupo para estudar os benefícios e ver os próximos passos. Esse é um trabalho de todo mundo e é fundamental que se trabalhe as diferenças, buscando eficiência e velocidade”, disse o ministro.
Casos no Brasil
O Brasil chegou a 105.222 mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus (covid-19) nesta segunda-feira (4). Nas últimas 24 horas foram adicionadas às estatísticas mais 4.075 casos, aumento de 4%, quando foram registradas 101.147 mil pessoas nessa condição. Foi o terceiro dia consecutivo de estatísticas de queda de novos casos em 24 horas, após o recorde de 7.218, registrado na quinta-feira.
Conforme o balanço dessa segunda, o número de pessoas recuperadas da doença chegou a 45.815, o equivalente a 43,5% do total de casos. Estão em acompanhamento 52.119 (49,5%) dos pacientes confirmados e 1.360 mortes continuam em investigação.
Segundo atualização do Ministério da Saúde deste dia 04, o total de mortes subiu para 7.288. Com 263 novos óbitos, a marca representou um aumento de 4%. No domingo foram contabilizados 7.025 falecimentos e com a inclusão de 275 óbitos.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (2.654). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.065), Pernambuco (691), Ceará (491) e Amazonas (425).