Brasil reúne representantes de 17 países para discutir o papel da Inteligência no combate aos crimes ambientais

Da Redação

 

Terminou em Brasília a Primeira Conferência Internacional de Inteligência Ambiental. Durante uma semana, representantes de 16 países, incluindo Portugal, discutiram o papel da inteligência ambiental no combate aos crimes ambientais transnacional e promoveram troca de experiências entre as instituições participantes.

O evento foi promovido pela Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro), do Ibama, por meio da Coordenação de Inteligência Ambiental e em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e a Coordenação Regional para o Cone Sul do Escritório Internacional Antidrogas e de Aplicação da Lei (INL) do Departamento de Estado dos EUA.

Participaram da conferência servidores do Ibama e representantes das seguintes instituições brasileiras: Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Receita Federal.

Também estiveram presentes palestrantes e representantes da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Instituto Igarapé, Freeland Brasil, Panthera, Wildlife Conservation Society e Langland Conservation.

Além do Brasil, participaram da conferência representantes do Canadá, Estados Unidos, Peru, Uruguai, Bolívia, Argentina, Paraguai, Equador, Guiana, Suriname, África do Sul, Portugal, Alemanha, Holanda, Espanha e Inglaterra.

A iniciativa visa fortalecer uma rede de combate aos crimes ambientais transnacionais e estimular a realização de operações conjuntas.

Incêndios

Ainda segundo o Ibama, de 10 a 27 de junho de 2024, o Brasil hospedou o StudyHub Brazil, uma fase do projeto FIRE-ADAPT. Este projeto, financiado pela União Europeia através do programa Marie Sktodowska-Curie, é coordenado pela Fundação Pau Costa da Espanha. Reúne 24 instituições de 10 países: Espanha, França, Reino Unido, Portugal, Itália, México, Colômbia, Brasil, Bolívia e Argentina. O objetivo principal é abordar toda a diversidade de tipos de incêndios e os seus diferentes contextos, reunindo conhecimentos especializados de todas as regiões da Bacia do Mediterrâneo e da América Latina com o objetivo de melhorar a compreensão do papel do Manejo Integrado do Fogo na prevenção de incêndios florestais e para melhorar os serviços ecossistêmicos naturais e culturais.

Foram realizadas conferências e debates com especialistas, além de visitas de campo para conhecer dois biomas (o Cerrado e o Pantanal) e sua relação com o fogo. Durante essas visitas, os participantes tiveram a oportunidade de interagir com técnicos, brigadistas e comunidades tradicionais.

“Há uma grande quantidade de trabalho feito no Brasil nos últimos 10 anos em relação ao Manejo Integrado do Fogo, abrangendo o Cerrado, Pantanal e outros biomas brasileiros. Esta experiência começou com trocas de informações científicas em sala, mas também incluiu visitas de campo para demonstrar o trabalho técnico realizado no país.”, afirmou Luiz Gonçalves, analista ambiental do ICMBio responsável pela gestão do fogo no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

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