Da Redação
Com Lusa
O português que está entre as vítimas de um atentado na França luta pela vida e está em coma induzido. Ele chegou a ser dado como morto no ataque de Carcassonne pelo secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, mas o jovem português de 27 anos que estava no ataque terrorista no sul de França, está internada em estado grave no hospital de Perpignan.
A família confirmou a informação ao Jornal de Notícias. O secretário de Estado diz que houve erros na comunicação entre as várias entidades envolvidas. “Inicialmente foi transmitida à Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e à Embaixada em Paris a informação da existência de uma vítima mortal”, diz José Luís Carneiro.
“Depois da realização de diligências junto de várias entidades, tendo em vista a certificação da identidade da vítima, verifica-se apenas haver registro de um cidadão português gravemente ferido e hospitalizado em Perpignan”, explicou o secretário de Estado das Comunidades que diz já ter falado com a família do jovem português.
Para já, da parte do governo português, ficam as desculpas pelo transtorno que a notícia da morte do jovem tenha causado. Amanhã, José Luis Carneiro junta-se aos familiares do português para prestar-lhes todo o apoio consular por parte do Estado Português.
Um amigo da família do jovem, Manuel Correia, contou que o português estava no carro que foi atacado por Redouane Lakdim, o marroquino que matou três pessoas na manhã de sexta-feira. Na viatura — que Lakdim teria usado para chegar ao supermercado onde fez vários reféns — estava mais uma pessoa, que teria sido alvejada na cabeça, sendo uma das vítimas mortais.
“Foi quando ele ia a conduzir, mandaram parar, deram-lhe um tiro a ele, outro ao colega, o colega morreu, ele ficou ferido. Roubaram-lhe o carro e depois é que foram para o supermercado”, disse à agência Lusa.
O emigrante Renato Silva é da região de Coimbra – vivendo em França há muitos anos. Seu estado não foi divulgado, mas segundo a imprensa, ele luta pela vida com uma bala alojada no cérebro.
A polícia francesa deteve uma mulher suspeita de ser próxima do terrorista Radouane. Segundo o procurador, trata-se de uma pessoa próxima que “compartilhou a sua vida” com Radouane Ladkim, de 26 anos, que era seguido pelos serviços secretos e que foi hoje morto a tiro pela polícia.
“Ela foi levada sob custódia por associação criminosa ligada a uma célula terrorista criminosa”, acrescentou.