Da Redação
Com Lusa
O mais recente balanço do acidente com o comboio Alfa Pendular dá conta de duas vítimas mortais e 43 feridos, sete dos quais em estado grave, disse fonte do Comando Distrital de Operações (CDOS) de Coimbra.
Em informação nesta noite, o CDOS sinalizou a existência de 169 vítimas ilesas, além de dois mortos (os únicos ocupantes de uma máquina de trabalhos ferroviários da Infraestruturas de Portugal) e 43 feridos, sete dos quais graves, num total de 214 pessoas envolvidas no acidente ferroviário.
Já numa atualização de dados comunicada à Lusa às 21:00, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) indicou ter recebido 28 feridos, dois dos quais graves e outros dois muito graves.
Um dos casos mais graves (politraumatismo), que foi levado para o bloco operatório de emergência, é o maquinista do Alfa Pendular.
Dos 24 restantes feridos referidos pelo CHUC, todos ligeiros, 21 deram entrada nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC, onde também estão os quatro feridos graves) e os três restantes – uma menina de 06 anos, e uma rapariga e um rapaz de 16 anos – foram assistidos no Hospital Pediátrico.
Por seu turno, o gabinete de relações públicas do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF), em informação disponibilizada às 20:01, afirmou ter recebido seis feridos leves, “todos adultos, conscientes e em observação”.
Entre os seis feridos que deram entrada no HDFF conta-se um casal (um homem de 71 anos e uma mulher de 68) e um outro homem de 36 anos.
O acidente, para o qual foi o alerta foi dado às 15:30, resultou do descarrilamento de um comboio Alfa Pendular, na linha do Norte, após colidir com uma máquina de trabalhos da Infraestruturas de Portugal, perto da vila de Soure, mais concretamente junto à localidade de Matas, na região Centro.
As duas vítimas mortais no descarrilamento de hoje em Soure eram os operadores da máquina da REFER contra a qual o comboio Alfa Pendular colidiu, afirmou o comandante Distrital de Operações de Coimbra.
Presidente
Segundo a imprensa portuguesa, o presidente português já declarou sobre a possibilidade de se deslocar a Coimbra para visitar os doentes mais graves deste acidente, na tarde de sábado.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação afirmou que é preciso aprender com o que aconteceu no acidente em Soure, entre uma máquina de trabalhos e um Alfa Pendular, para diminuir os riscos de acidentes ferroviários.
“Acreditamos na ferrovia. Eu não diria que a ferrovia passa a ser um meio de transporte inseguro, mas não impede que os acidentes possam acontecer como este aconteceu. Mas temos de aprender com o que aconteceu para diminuir mais os riscos de acidentes na ferrovia”, disse Pedro Nuno Santos, que falava aos jornalistas em Soure, próximo do local do acidente.
O ministro salientou que “a ferrovia é um dos meios de transporte mais seguros, mas infelizmente acontecem acidentes”.