Aceleração do PIB está ancorada em sinais positivos para o futuro, diz governo

Mundo Lusíada
Com agencias

PM_AntonioCostaPSO Governo português declarou que a revisão em alta do crescimento econômico no quarto trimestre de 2016 está “ancorada em sinais positivos para o futuro” e que reforçam a convicção de que o PIB irá crescer 1,5% este ano.
“Estes dados confirmam ainda o rigor das estimativas subjacentes ao Orçamento do Estado de 2017, reforçando a convicção do Governo nos objetivos orçamentais e de crescimento para 2017”, lê-se no comunicado divulgado pelo gabinete liderado por Mário Centeno, na altura em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 1,4% em 2016 e reviu em alta o crescimento homólogo do quarto trimestre para 2%.
Segundo as Finanças, estes dados “confirmam a aceleração da produção nacional”, considerando ainda que a “aceleração do PIB está ancorada em sinais positivos para o futuro”.
O Governo diz que neste resultado do PIB “o investimento teve o principal contributo, com um crescimento homólogo de 2,6% e de 5% face ao terceiro trimestre”, acrescentando que “este reforço do investimento é fundamental para a sustentabilidade do crescimento econômico ao longo de 2017”.
No Orçamento do Estado deste ano, o executivo liderado por António Costa prevê um crescimento econômico de 1,5%.
Ainda neste comunicado, as Finanças destacam as previsões divulgadas por Bruxelas para o crescimento da economia portuguesa, dizendo que a estimativa de crescimento do PIB de 1,4% em 2016 “supera a previsão recentemente divulgada pela Comissão Europeia de 1,3%”.
Por fim, são destacados ainda os “sinais positivos do mercado de trabalho” de final de 2016, sublinhando que “o emprego no quarto trimestre de 2016 cresceu 2,4% em termos homólogos” e que no mesmo mês “a taxa de desemprego baixou para 10,2%, o valor mais baixo desde março de 2009”.
O INE divulgou ainda a estimativa provisória para a taxa de desemprego de janeiro, avançando que situou-se nos 10,2%, mantendo o valor de dezembro.

Continuar a Pedalar
O primeiro-ministro, António Costa, destacou as “boas notícias” relacionadas com a economia portuguesa, mas alertou para que, tal como numa bicicleta, o país tem de “continuar a pedalar” para não parar e cair.
“As boas notícias devem ser vistas como quando andamos de bicicleta. Se não pedalamos, a bicicleta para e, se não pusermos os pés no chão, caímos com a bicicleta. Para termos a bicicleta a andar, temos de continuar a pedalar e, para isso, o investimento é absolutamente crítico”, afirmou.
O chefe do Governo destacou ainda o aumento do investimento, que se traduziu na diminuição do desemprego, no aumento das exportações e no nível de confiança dos consumidores que o país “não tinha desde o ano 2000.
O líder do Governo socialista referiu que Portugal “recuou 30 anos em termos de investimento” no período do anterior Governo PSD/CDS-PP, entre 2011 e 2015, considerando que “há muito a recuperar” nesta área.
O primeiro-ministro defendeu que as “bases essenciais” para Portugal ter mais investimento passam por dar prioridade à execução dos fundos comunitários, estabilizar o sistema financeiro e capitalizar as empresas. Nesse sentido, revelou que o programa Portugal 2020 já fez chegar às empresas, até final de fevereiro, 617 milhões de euros e que o objetivo é atingir os mil milhões até final deste ano.
O chefe do Governo adiantou que o executivo quer igualmente “acelerar o investimento” das câmaras municipais, indicando que “o conjunto de avisos já abertos para candidaturas dirigidas a autarquias locais orçam 2.700 milhões de euros”.
O Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa já defendeu que a economia nacional precisa crescer, “claramente”, acima dos 2% para permitir o investimento e a criação de emprego. “Precisamos de aumentar as taxas de crescimento, claramente, acima dos 2%. Não é apenas por uma questão de criação de emprego é para uma libertação de poupança. Uma formação de poupança é um investimento que assegura a sustentabilidade desse crescimento, nomeadamente, em termos de recursos humanos, de pessoas”, afirmou.
“Precisamos crescer na formação qualificada mas para termos formação qualificada precisamos de investir e para isso temos de crescer. Nós precisamos para crescer de formar muito melhor os nossos melhores, sendo que os nossos melhores, em muitos casos, já são os menores em qualquer ponto do mundo. Precisamos ir mais longe porque os outros vão mais longe todos os dias. Neste particular não há empates. Empatar é perder”, frisou.

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