Da redação com Lusa
A lista das dez palavras finalistas à “Palavra do Ano 2021″, constituída por propostas de cidadãos e pesquisas efetuadas no Dicionário da Língua Portuguesa, foi hoje divulgada pela Porto Editora (PE).
A “Palavra do Ano” é uma iniciativa deste grupo editorial, realizada desde 2009, quando a eleita foi “esmiuçar”.
Para a constituição da lista das palavras a concurso contou também o “trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa, levado a cabo pela Porto Editora”, segundo o comunicado hoje divulgado.
A votação decorre até às 24:00 do dia 31 de dezembro, em www.palavradoano.pt, e a vencedora será conhecida “nos primeiros dias de janeiro” próximo.
Da lista constam “apagão”, justificada a escolha pelo “período [este ano] em que milhões de utilizadores ficaram sem acesso às principais redes sociais, com impacto social e econômico a nível mundial”.
Outro termo candidato é “bazuca”, utilizado pelo primeiro-ministro António Costa para designar o pacote de ajuda europeu destinado “a fomentar a recuperação da economia, na sequência da pandemia”.
“Criptomoeda” é a terceira palavra candidata. “As moedas virtuais encriptadas multiplicam-se e crescem em popularidade e valor, o que tem levado vários países a estudar [os seus] mecanismos de regulamentação”, justifica a PE.
Outro termo que faz parte da lista é “mobilidade”, justificada pelo “agravamento do trânsito automóvel, especialmente nos centros urbanos, e a preocupação com a sustentabilidade e acessibilidade dos transportes originaram múltiplos debates sobre a mobilidade”.
Na lista para votação ‘online’, segue-se, na ordem alfabética, “moratória”, um sistema criado pelo Governo em março do ano passado. “As moratórias de crédito ajudaram muitas famílias e empresas afetadas pelo impacto da pandemia da COVID-19”, refere a PE.
“Orçamento” é outra palavra candidata justificada pela “rejeição da proposta de Orçamento do Estado para 2022 no parlamento, [que] levou o Presidente da República a dissolver a assembleia, convocando eleições antecipadas”.
“Podcast” faz parte do elenco de finalistas, um termo que “ganhou popularidade entre os portugueses”, com a multiplicação “dos novos conteúdos difundidos neste formato”.
“Resilência” é outro termo a votação, e refere-se ao “impacto da pandemia na saúde, economia e bem-estar, a par das sucessivas medidas tomadas no seu combate, colocaram à prova a resiliência dos portugueses”.
Resultante da situação pandêmica, surge outro termo a concurso, “teletrabalho”. “Tradicionalmente associado a empresas do setor tecnológico, o teletrabalho foi determinante para assegurar a continuidade de diversas atividades econômicas no contexto pandêmico”.
A fechar a lista surge “vacina”. ”Desenvolvidas em tempo recorde, as vacinas tornaram-se a maior arma contra a covid-19 e Portugal é um dos líderes mundiais na sua inoculação”, refere a PE.
No ano passado, a palavra escolhida foi “Saudade”, que superou as palavras “covid-19” e “pandemia”, colocadas em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
“Saudade” recolheu pouco mais de 25% dos votos “dos cerca de 40 mil internautas” que participaram na escolha ‘online’, segundo a PE.