Da Redação Mundo Lusíada
No âmbito das comemorações dos 200 anos da chegada da Corte portuguesa ao Brasil, acontece uma exposição no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, de 8 de julho a 7 de setembro, trazendo a trajetória da saúde e da medicina no Brasil e em Portugal nos últimos duzentos anos. A exposição marca também a realização do Simpósio “Brasil/Portugal-200 Anos”, iniciativa dos Ministérios da Saúde do Brasil e de Portugal, da Fundação Oswaldo Cruz, do Alto Comissariado de Saúde de Portugal e das Academias de Medicina do Brasil e de Portugal, que conta com a presença da ministra portuguesa da saúde. A exposição aborda desde as práticas de cura, de origem indígena, africana ou portuguesa, no Brasil Colônia, passando pela adoção de novas orientações e medidas de fiscalização das artes de curar e pela criação das primeiras instituições de ensino médico, com a chegada da Corte portuguesa ao Brasil, até a institucionalização da saúde pública ao longo século XIX. Em quatro módulos, a mostra reúne objetos e instrumentos trazidos pelos europeus, assim como as práticas de cura, muitas com forte conotação religiosa, evidenciando as relações entre estas práticas com o conhecimento médico trazido pelos portugueses. Aborda também a criação das duas primeiras instituições de ensino médico, tendo em vista a necessidade de formação de profissionais para serviços de saúde. A cidade do Rio de Janeiro havia se transformado em centro administrativo do Império, e neste sentido foram implementadas importantes medidas administrativas, econômicas e culturais, de impacto sobre a saúde e medicina no país. A saúde pública da época e a medicina contemporânea também são apresentadas nos dois últimos módulos, com grandes revoluções do conhecimento médico: diagnóstico, tecnologias de ponta e medicamentos a serviço da qualidade e do aumento da expectativa de vida. Através de diversos recursos cenográficos e de multimídia, o público terá acesso à evolução dos serviços e das práticas médicas no Brasil e em Portugal. A curadoria é de Helena Severo e realização da Cultura & Arte, com patrocínio da Academia Nacional de Medicina, Eletrobrás, Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro/Faperj, Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz, Grupo GlaxoSmithKline e Interfarma/Associação da Indústria de Pesquisa, com o suporte educacional do Instituto Sangari e apoio do Museu Histórico Nacional e Rio Scenarium. Colônia Até o início do século XIX cabia aos Comissários do Físico Mor e do Cirurgião Mor a fiscalização e implantação das medidas de defesa da saúde nas colônias portuguesas, inclusive no Brasil. Barbeiros, cirurgiões barbeiros, parteiros e outros, eram licenciados pelo Cirurgião-Mor do Reino, e sua atuação estava restrita à realização de sangrias, aplicação de ventosas e à cura de feridas e de fraturas. A administração de remédios internos era privilegio dos médicos formados em Coimbra, e as orientações em relação à saúde pública seguiam as orientações da metrópole portuguesa com relação à inspeção de boticas e fiscalização de hospitais. Apenas em 1808, quando o príncipe regente D.João criou os dois primeiros estabelecimentos de ensino médico no Brasil a situação começa a mudar: a Escola de Cirurgia da Bahia, em Salvador (deu origem à atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia), e a Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro (atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Exposição "Saúde e Medicina no Brasil e Portugal – 200 Anos" Museu Histórico Nacional De 3º a 6º feira, das 10h às 17h30 – Sábados, Domingos e Feriados – das 14h às 18h Praça Marechal Âncora – Próximo à Praça XV 20021-200 – Centro – Rio de Janeiro Info (0xx21) 25509220 / 25509224 – www.museuhistoriconacional.com.br Ingresso: R$ 6,00
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