Durante o evento foi discutida a norma NR12, do Ministério do Trabalho, que regulamenta o maquinário das padarias, buscando dar maior segurança.
Da Redação
O trabalho de desenvolvimento, segurança e higiene de padarias terá articulação regional. As ações coordenadas serão executadas por meio do Arranjo Produtivo Local (APL) das Padarias do ABCD. A entidade foi lançada em 11 de abril, durante o 1º Workshop do Setor de Panificação, realizado no auditório da Cidade da Criança e promovido pela Prefeitura de São Bernardo do Campo. Participaram de cerca de 150 convidados, entre donos e gerentes de padarias, restaurantes e supermercados, gestores públicos, entidades representativas do segmento e sindicatos.
Durante o evento foi discutida a norma NR12, do Ministério do Trabalho, que regulamenta o maquinário das padarias, buscando dar maior segurança, e apresentado showroom de máquinas e equipamentos. Foi montado também plantão de bancos credenciados para informações sobre linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“A intenção é informar, orientar e sensibilizar os panificadores e afins a se adequarem à norma por meio de linhas de crédito e orientação técnica. A NR estabelece série de medidas de manutenção e instalação das máquinas e objetiva evitar acidentes de trabalho na utilização de equipamentos”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Jefferson José da Conceição.
O APL de Panificação foi criado com a proposta de levantar problemas comuns às empresas da área, além de elaborar e executar políticas públicas e privadas que promovam e fomentem a atividade em nível regional. O grupo conta com entidades como o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Grande ABC, Associação das Indústrias de Panificação e Confeitaria, e Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), e Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Santo André (Sipan), entre outras entidades. Também fazem parte Sebrae, CIESP, universidades e instituições financeiras como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
Na oportunidade, o consultor da Abimaq, Lourenço Righetti, ministrou palestra a respeito da NR12, que agora é lei, e estabelece a necessidade de troca ou adequação de maquinários (amassadeiras, batedeiras, cilindros, modeladoras, laminadoras, fatiadoras para pães e moinho para farinha de rosca), a fim de garantir maior segurança nas operações.
Também foram realizados painéis com o representante da Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes e Acessórios para Alimentos (Abiepan), Armando Tadei Junior, sobre ofertas e disponibilidade de máquinas e equipamentos; com Fabio Belém Coqueiro, do Grupo Pão de Açúcar, que fez uma demonstração do “case” do Grupo no descarte de máquinas; e com Luciana Vasco, do BNDES, que expôs os financiamentos para máquinas nacionais.
De acordo com o presidente da Sipan, Antonio Carlos Henriques, atualmente, o País soma mais de 64 mil panificadoras, sendo mais de 1.000 na região do ABC e cerca de 300 em São Bernardo. Entre os postos de trabalho, dos 18 mil empregos gerados no setor no ABC, 5 mil estão em São Bernardo. Representantes do segmento enfatizaram que, com o workshop, o APL promove ação inédita no Brasil, uma vez que não tem uma perspectiva meramente fiscalizadora da aplicação da NR.