A União Europeia e Portugal

Quando de minha passagem pelo “PORTUGAL ETERNO”, em Maio e Junho últimos, como não podia deixar de ser, fiz as minhas observações a respeito da nova temática da UNIÃO EUROPEIA, evidentemente de acordo com a minha forma de ver as coisas e por vir do Brasil, uma conjuntura especial de vivência, num país maior do que a própria União Europeia, visto que, todos os países existentes na Europa cabem dentro do território brasileiro e sendo uma organização em “Estados”, essa união dos países europeus estão na mesma forma dos Estados do Brasil, que têm como capital BRASÍLIA, e na Europa as decisões emanam de BRUXELAS, na BÉLGICA.

Estive em várias regiões de Portugal, e no Alentejo observei muito o que já tinha visto em outra viagem anterior, que foi em 1998, e que na época os campos eram floridos e as plantações eram totais, o que não acontece agora, visto que, pelo que me disseram, a ordem é que países produtores em maior produção terão que diminuir essas plantações para que outros países que produzem os mesmos produtos possam também fazer as suas exportações e que com isso, os campos são abandonados e o desemprego se torna maior.

Outro pormenor que observei, todos os países não mais poderão ter empresas estatais, como no Brasil, onde existem milhares de empresas do governo central e dos Estados. A partir do mês de Julho deste ano, todas as empresas pertencentes ao Governo terão que ser vendidas a particulares, como exemplo a própria TAP- TRANSPORTES AÉREOS de PORTUGAL. Com isso o objetivo é de que, os países não se preocupem com empresas de suas propriedades e muitas vezes em estados falimentares, eles só se preocupem com a Saúde e Educação de seus povos, aplicando as suas verbas nessas estruturas e todas essas empresas governamentais passem para empresas particulares.

Outra particularidade, também em todos os países, todo cidadão aposentado dos países membros da União Europeia não mais poderá receber o “13º SALÁRIO”, bem como, foi proibido também o “ABONO DE NATAL” e isso também estendido a todos aposentados da União Europeia.

Foi criada em Bruxelas, pelos representantes dos países da União Europeia uma “TROIKA”, a qual dela emanam as decisões financeiras, quanto ao uso do “EURO em todos os países, interferindo no envio de valores para seus membros, obrigando aos países observarem essas ordens, como financiamentos por entidades como o FMI, etc… E só têm obrigações a respeitar às ordens de Bruxelas.

Outro pormenor importante, quando da instalação da União Europeia, foram enviados a todos os países verbas monumentais para a construção de estradas, hospitais, prédios e outras formas, e quase todos os países construíram imensas estradas, bem planejadas, prédios os mais bonitos e enfeitados, foram gastos bilhões de EUROS, e agora na prestação de contas, não têm como pagar e por essa razão as dificuldades dos países de ordenarem as suas finanças, como sempre lemos em jornais, sobre os acontecimentos na Grécia, Espanha, Portugal e outros países, que passam por dificuldades para a ordenação de suas finanças.

Países como a Inglaterra, Suíça e Noruega não entraram na União Europeia, embora aceitem o Euro, e a estratégia de Bruxelas é fazer com que eles possam num futuro breve fazer parte e pressões são consideráveis.

Todos esses fatos narrados, na realidade podem favorecer as finanças dos países da União Europeia e só no futuro isso poderá ser notado, e se por ventura algum país romper o trato inicial da União e da moeda única, as consequências são imprevisíveis. E só esperamos que PORTUGAL possa se recuperar e dali mostrar aos países da Europa a fibra especial desse povo descobridor, para honra e glória do nosso querido e eterno PORTUGAL.

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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