Por Odair Sene
Em 23 de novembro, o Rancho Folclórico Santa Marta dos Navegantes, presidido pela Maria Dulcina, comemorou 27 anos de fundação com um evento especial, e muito folclore.
Cristina Almeida, uma das filhas da Maria Dulcina, que atua no Rancho e ajuda na organização das festas folclóricas, recebe seu público (fiel), este noite falou com o Mundo Lusíada sobre esta noite de festa e de comemorações. “Eu digo que temos um público diferenciado, que acompanha mesmo todas as festas, apresentações, e nas redes sociais, estão sempre nos acompanhando”, disse ela agradecendo ao público.
Nestes 27 anos, Cristina fala sobre essa família (Almeida) enraizada no folclore desde sempre. “O que mantém nosso rancho hoje é a união familiar que a gente tem, não temos uma competição, dançar por amor, e nesses 27 anos, todos passam por dificuldades, ninguém é perfeito, já levamos muito tombos mas levantamos de todos, e graças a Deus estamos com uma equipe muito legal, unida, esse ano foi um ano só de sucesso”, diz ela citando que mais coisas vem por aí para o próximo ano.
Ela também comentou sobre a “entrega” da Maria Dulcina desde sempre, e a tradição que as filhas mantêm sempre acompanhadas do pai Rolflim. “Meus pais se conheceram dançando, meu pai brasileiro e minha mãe portuguesa, ele gostou da dança folclórica mas se apaixonou por essa portuguesinha, e fez com que nós nascêssemos dentro do rancho” conta ela lembrando que a segunda filha do casal nasceu mesmo após uma apresentação folclórica.
“O tempo vai passando, eles vão tendo idade, mas nós três conseguimos assumir essa parte, ajudando em tudo, eles falam que somos as três mosqueteiras, as meninas superpoderosas, porque cada uma faz um trabalho, a Priscila cuida do administrativo, eu ensaio, a Flávia cuida dos trajes, meu marido ajuda também, mas queremos manter mesmo porque a juventude já não está querendo manter as raízes e se a gente deixar morrer, qual a graça”.
Segundo Cristina, as três se entregam para fazer tudo “de corpo e alma” pelo rancho. “Não só pelo rancho, mas pela raiz da minha mãe”. O futuro já está sendo pensado, segundo ela, nos últimos dois anos o rancho mudou muito em questão de coreografia e trajes. “Cada vez nós estudamos mais, estudamos mesmo, deixamos de fazer coisas pessoais para estudar o folclore, porque queremos continuar representando o que realmente é a nossa raiz, como era antigamente, e isso estamos levando e queremos saúde para continuar mantendo”.
Já são dois CDs gravados ao longo dessas quase três décadas pelo Rancho Santa Marta. E o grupo também tem um projeto para uma viagem à Portugal em 2022, todos trabalhando em prol do projeto. Do distrito de Coimbra, de Casal de São Tomé, esteve presente também no palco o casal César Cebola e dona Maria do Céu, eles que sempre acolhem a família Santa Marta quando estão em Portugal, nesses dias estavam abrigados pela família Santa Marta.
A ensaiadora finalizou agradecendo a todos pela presença na festa. “Festa maravilhosa, só tenho a agradecer a todos, componentes, amigos, colaboradores, jornalistas, a festa foi um sucesso”.