Descrever a cidade de CHAVES, no norte de Portugal em Trás-os-Montes, que pela sua grandeza histórica no concerto de épocas perdidas no tempo será tão somente uma descrição ínfima, todavia, pela sua real grandeza procuro dar uma visão do que vem a ser essa maravilha lusitana de todos os tempos e logicamente para a minha pessoa que lá estive e guardo na minha visão e no meu coração essa maravilha eterna, e que todo português deveria um dia de sua vida a poder visitar.
CHAVES fica situada no Distrito de Vila Real, contendo 3 freguesias: Madalena, Santa Cruz/Trindade e Santa Maria Maior e com um território em torno de 592 mil Km², com uma população aproximada a 50 mil habitantes, fazem parte do seu Distrito 51 freguesias e tendo a sua população central em torno de 20 mil habitantes.
CHAVES vem de eras distintas, da Pré-história, da época do “paleolítico” e de povos assentados variados em sua região, vieram muitos povos bárbaros, como em toda a Península Ibérica, a sua grandeza real começou com a “Invasão Romana” que ali as tropas se estabeleceram, em virtude das suas “águas excepcionais” por volta do século III a.C., no entanto quando da chegada de povos bárbaros vindos do centro da Europa, como os Godos, Visigodos, Suevos e Álamos, acabaram com a civilização romana, isso já no século III de nossa Era.
Quando da chegada dos romanos, eles transformaram a região ao invadirem e instalarem-se no Vale do Rio Tâmega, cujo local é a cidade de Chaves e construíram pontes, fortificações, estradas, muralhas e balneários termais, razão de suas águas medicinais, com imensos banheiros, os próprios imperadores romanos atravessavam a “Lusitânia” em busca dessas águas medicinais, cujos locais são preservados até os nossos dias.
Essa região da Lusitânia foi tão importante para os imperadores romanos que elevaram Chaves à ser Município Romano no ano de 79 a.C. na era do imperador romano “Tito Flávio Vespasiano”, sendo que, desse imperador resultou a denominação “Aquoe Flavioe” que se diz na atualidade de quem é de Chaves é “Flaviense”.
No ano de 711, houve a invasão na Península Ibérica dos “Mouros” os quais eram da Mauritânia e do Marrocos do Norte da África, e que derrotaram os invasores bárbaros que ali já estavam estabelecidos há séculos, cujo último rei visigodo era o monarca “Rodrigo”, isso já no inicio do século VIII. Daí para frente, grandes modificações ocorreram, uma vez que com essa invasão Moura eles trouxeram a sua religião, o “Islamismo” e deteriorando o “Cristianismo” de suas populações, que com essa dominação começaram a fugir para as montanhas e houve imensas guerrilhas entre Mouros e Cristãos que chegaram a durar até o Século XI, no entanto, os mouros foram derrotados no século IX, pelo então Rei de Leão, D.Afonso, sendo que, os Mouros haviam destruído tudo que era cristão, mas, como no século X os Mouros novamente a tinham conquistado, o Rei D.Afonso II de Leão a retomou e conseguiu povoar novamente e reconstruir as suas muralhas.
Com o evento da criação do PORTUGAL em 1160, Chaves integrou-se ao novo país, que acabara de substituir na história a lendária Lusitânia, mas em razão da guerrilha de invasores nas fronteiras, o Rei D. Dinis que reinou de 1279 até 1325 construiu o maravilhoso Castelo e Muralhas, que nós neste século ainda podemos ver e ter uma visão do que foram esses maravilhosos tempos da criação da eterna e maravilhosa cidade de “CHAVES”, orgulho do PORTUGAL moderno.
A cidade de CHAVES na atualidade é riquíssima na visão turística, em razão dos monumentos que possui, como Igrejas, Capelas, Muralhas, Castelo etc. A sua culinária é especifica e adorada por todos que vão em sua região, possui hotéis de primeiro mundo, restaurantes os mais variados, escolas de todo tipo, museus, bibliotecas, imensos jardins, dezenas de associações, clubes e como tem fronteiras praticamente com a Espanha na região da Galícia, mantêm contatos educacionais e turísticos com essas regiões. A sua Câmara Municipal administra o Município com 7 vereadores e a Assembleia tem 103 Deputados, e o Concelho de CHAVES tem 51 Freguesias sendo 3 delas urbanas.
Portanto, como eu disse acima, todo português pelo menos uma vez na vida deveria ir a CHAVES e agora afirmo que todo luso-Descendente, como eu e agora também cidadão Português, em suas vidas, ao visitar PORTUGAL, deverão da mesma forma visitar CHAVES, elo da pré-história, de épocas imemoriais e memoriais e dessa nossa modernidade, esta parte da glória que eu vi na minha viagem à essa Sacrossanta terra do nosso querido e ETERNO PORTUGAL.
Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.
1 comentário em “A Cidade de Chaves: Glória Imorredoura do Eterno Portugal”
Todo o luso-descendente deveria conhecer Portugal e a alma lusitana e claro que Trás-os-Montes é uma região fantástica a não perder. Saliento a zona do Douro vinhateiro, Vila Real e Mirandela que cidade bonita e não deixem de provar a posta mirandesa.
Um abraço
Rodolfo Sousa