A arte do português Vhils chegou ao Espaço para o filme “O sentido da vida”

Vhils_astronauta

Da Redação
Com Lusa

Uma obra do artista português Alexandre Farto, que assina como Vhils, esteve este mês na Estação Espacial Internacional (EEI), no âmbito do filme “O sentido da vida”, revelou o cineasta Miguel Gonçalves Mendes.

É a primeira vez que um artista português colabora com a Estação Espacial Internacional, com uma instalação artística que esteve colocada na cúpula da EEI e que retrata o astronauta dinamarquês Andreas Mogensen.

A obra de Vhils seguiu para o espaço juntamente com o astronauta, que fez a primeira viagem para a EEI no início de setembro. Andreas Mogensen é uma das figuras retratadas no documentário de Miguel Gonçalves Mendes.

A instalação de Vhils, a primeira que criou para o espaço, mostra o rosto do astronauta dinamarquês colocado no único ponto da EEI onde se vê a Terra na totalidade e onde os astronautas conseguem assistir ao nascer e ao por do sol 16 vezes ao longo do dia.

As imagens desta instalação de Vhils – e as que o astronauta dinamarquês captou na estadia na EEI – serão incluídas no documentário que Miguel Gonçalves Mendes está a rodar em vários locais do mundo, com sete personalidades internacionais, e que só deverá estrear-se em 2017.

Esta não foi a única obra que Vhils fez para o filme “O sentido da vida”. Em Vila do Conde, Alexandre Farto esculpiu o rosto do escritor Valter Hugo Mãe no molhe da Senhora da Guia, junto ao mar.

Andreas Mogensen, Valter Hugo Mãe, a figurinista japonesa Emi Wada, o juiz espanhol Bastasar Garzón e o músico islandês Hilmar Örn Hilmarsson são outras das sete personalidades que Miguel Gonçalves Mendes já filmou para este documentário. Estão ainda por confirmar as participações da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, do papa Francisco e do oceanógrafo Fabian Costeau.

“O sentido da vida” é um filme que conta a história real de Giovane Brisotto, jovem brasileiro, portador de paramiloidose familiar, uma doença de origem portuguesa também conhecida como “doença dos pezinhos”.

Giovane Brisotto guia a narrativa do filme, em viagem pelo mundo, traçando o caminho que os portugueses terão feito há 500 anos quando disseminaram a doença. É ao longo dessa viagem que se cruza com várias personalidades que, no conjunto, o ajudarão a descobrir o sentido da vida.

No filme, Giovane Brisotto representa o cidadão comum, enquanto as personalidades representam, segundo o realizador, os “novos heróis da contemporaneidade, mas tão humanos” como qualquer um.

A viagem pelo mundo para concretizar este projeto começou em janeiro deste ano, quando Miguel Gonçalves Mendes, Giovane Brisotto e uma pequena equipe técnica partiram de Lisboa rumo à Índia por via marítima. Já foram percorridos mais de 50.000 quilômetros.

Com um orçamento de cerca de 1,5 milhões de euros, “O sentido da vida” conta com coprodução da O2 Filmes, produtora do realizador brasileiro Fernando Meirelles.

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