A Arte Barroca em Portugal e no Brasil

Segundo o “Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa”, “BARROCO” é estilo arquitetônico criado pelo italiano Barromini no século XVII (17), caprichoso e bizarro, que floresceu no último período do “Renascimento”, estilo que caracterizou a literatura, as belas artes e as criações do pensamento em geral durante esse período.
Evidentemente, no passado de séculos em Portugal, sempre os povos invasores traziam estilos novos para a prática das artes, assim foi com os Celtas, que era um povo do centro da Europa, com os Romanos e com os Mouros, cada um trazendo um estilo diferente nas suas artes, arquiteturas e literaturas, haja vista, os castelos, as igrejas, as grandes catedrais, enfim obras fantásticas, caracterizadas por gravuras, livros, construções em pedras, que vararam séculos sem fim, conservadas pelas novas gerações, numa constante modificação em razão da mescla das raças que aconteceram em Portugal e que após a descoberta do Brasil, trouxeram de Portugal.
O tempo certo em Portugal, foi por volta dos séculos XVI e XVII (16 e 17), com a literatura, música, pintura e arquitetura dessa época maravilhosa das artes, como também foi levado o Barroco para o “Teatro”, uma arte que já vinha de séculos e séculos, desde a era grega milenar.
Os jesuítas também tiveram a sua participação sensacional na era Barroca, com a sua participação na oratória sagrada e até podemos dizer que teve o seu ícone na figura centrada do “Padre Vieira”, que nasceu em Lisboa em 1608 e faleceu na Bahia em 1697, quando era menino veio para o Brasil e na Bahia, estudou com os jesuítas e logo nos mestres despertaram a atenção, que já era precoce na arte de orador e na retórica, onde como sacerdote no ano de 1634 começou a pregar, com grandes êxitos literários, como “Apóstrofe atrevida” e outras, todavia, no seu ardor barroco, começou a interpretar os textos bíblicos e além de outras obras escreveu uma das mais conhecidas “O Quinto Império” relacionada com o Portugal do futuro. Em 1655 proferiu na Capela Real de Lisboa o “Sermão da Sexagésima” e no Brasil ele pregou no Maranhão no ano de 1653, o “Sermão da Primeira Dominga da Quaresma”, cujo tema era a libertação dos indígenas, como também no ano de 1633, à “Irmandada dos Prêtos” a libertação dos escravos.
Já no Brasil a “Arte Barroca” não tinha um grande esplendor, praticamente não haviam manifestações culturais, uma vez que existiam poucos centros urbanos, todavia, separadamente na Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os militares, religiosos e funcionários do Reino, reuniam-se em grêmios literários e essas academias eram as únicas que praticavam o barroco literário. Na Bahia surgiram duas academias a “Brasilica dos Esquecidos” em 1724 e a “Brasilica dos Renascidos” em 1759 e no Rio de Janeiro a “Academia dos Felizes” em 1736, no entanto, tivemos na Bahia um mestre, o poeta Gregório de Matos Guerra, que nasceu em 1623 e morreu em 1696, o qual atingiu no barroco literário um grande nível intelectual. Mais tarde tivemos o mestre barroco “Aleijadinho” já na metade do século XVIII e outros dignificantes mestres. Já Cláudio Manuel da Costa, brasileiro de pais portugueses, estudou Direito em Coimbra, e seguidor do “pombalismo”, deixou grandes obras, como os “Cem Sonetos” como exemplo de uma estrofe faz a imaginação de um bem amado, “Que nêle se transforme o peito amante-Daqui vem, que minha alma delirante. Se não distingue já do meu cuidado”.
As Academias portuguesas foram fundadas no século XVII (17), todavia, o maior mestre da arte literária portuguesa existiu na figura de Luiz Váz de Camões, com os “Lusíadas” obra que regulou a Língua Portuguesa no mundo lusitano, deixando o “português arcaico” para trás, embora este também tivera feito algo na literatura portuguesa dos primeiros 400 anos de sua existência.
Portanto, Portugal, não foi só o grande, o gigante das navegações mundiais, mas, também na literatura, na arquitetura, e na arte barroca, foi um pólo da riqueza da arte mundial, que expandiu para o grandioso Brasil e as colônias portuguesas no mundo inteiro, para honra e gloria do nosso querido e eterno Portugal.

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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