Air France-KLM reitera interesse na privatização da TAP após reunião positiva com Governo

[Atualizado 14h]

Da Redação com Lusa

A Air France-KLM reiterou neste dia 07 o interesse na privatização da TAP, após uma reunião inicial “muito positiva” com o Governo português, desde que se adeque às suas ambições estratégicas e ao que o executivo pretende.

“Temos interesse em seguir esta oportunidade, assumindo que está dentro das nossas ambições estratégicas e que somos capazes de cumprir com o que o Governo português procura”, afirmou o presidente executivo do grupo aéreo franco-neerlandês, Benjamin Smith, em teleconferência de imprensa, sobre os resultados do terceiro trimestre.

Questionado sobre o recente diálogo com o Governo português, no âmbito do processo de privatização da TAP, o responsável disse que foi uma primeira reunião “muito positiva”, frisando que o processo oficial ainda não avançou.

A Air France-KLM tinha manifestado interesse no processo de venda da companhia aérea portuguesa, admitindo também a possibilidade de uma posição minoritária.

O ministro das Finanças disse, em 10 de outubro, na conferência de imprensa sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025, que o Governo estava em diálogo preliminar com os três grupos aéreos que manifestaram interesse na compra da TAP, mas não se comprometeu com uma data para a privatização.

“Estamos em diálogo com as três companhias áreas [Lufthansa, Air France-KLM e IAG] que mostraram interesse na privatização da companhia, este é um diálogo preliminar, estamos a analisar a pretensão de cada uma destas companhias”, adiantou Joaquim Miranda Sarmento.

Miranda Sarmento reiterou que o Governo tem dois objetivos para a venda da companhia de bandeira, que são a manutenção do ‘hub’ (plataforma de distribuição de voos) de Lisboa e o desenvolvimento da TAP em termos de rotas, e o segundo é tentar recuperar a médio ou longo prazo parte do dinheiro que o Estado injetou na recuperação da companhia aérea.

No final de outubro, o ministro das Infraestruturas confirmou que tem participado em reuniões com potenciais interessados na compra da TAP e que a intenção do executivo é fechar este processo “até ao final de 2025”.

“A intenção é chegar aos 100% da privatização, mas temos de auscultar o mercado. Temos de valorizar os ativos da empresa e maximizar o produto da venda, com uma estratégia para devolver aos portugueses os 3,2 mil milhões de euros que foram injetados pelos contribuintes”, afirmou Miguel Pinto Luz, à margem de uma inauguração de um complexo residencial, em Vila do Conde.

Questionado sobre as posições de participação na empresa que os grupos, potencialmente, interessados pretendem ficar, Miguel Pinto Luz disse que há várias alternativas em cima da mesa.

“Uns estão mais interessados num caminho para chegar a uma posição maioritária, outros estão disponíveis para começar numa posição minoritária, outros querem uma posição maioritária. Vamos fazer essa reflexão para encontrar a melhor solução”, garantiu o ministro das Infraestruturas e da Habitação.

Reprivatização em 2025 – Governo

O ministro das Infraestruturas e Habitação garantiu hoje, no parlamento, que a reprivatização da TAP avança em 2025 e que a reputação da companhia aérea “é sólida”, após auscultação de interessados.

“Como consta do programa do Governo, daremos início em 2025 ao processo de reprivatização da empresa”, afirmou o Miguel Pinto Luz, que está a ser ouvido na Assembleia da República, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2025.

O governante disse que, para o efeito, o Governo tem estado a ouvir “todas as partes interessadas”.

“Posso assegurar-vos que a reputação da TAP é sólida e tem vindo a reforçar-se”, realçou Miguel Pinto Luz, apontando também os resultados operacionais “em linha ou superiores aos congéneres europeus”.

O ministro disse ainda que “seja qual for o modelo final da privatização”, o Governo garante que “a marca TAP vai manter-se”, as ligações aéreas nacionais e para a diáspora portuguesa não serão reduzidas nem prejudicadas, Lisboa continuará como centro operacional da transportadora aérea e a sede da empresa também manter-se-á em Lisboa”.

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