Luís Montenegro felicita Trump e espera “colaboração estreita”

Luis Montenegro, Paulo Rangel e Joaquim Miranda Sarmento, abril 2024. Foto MIGUEL A. LOPES/LUSA

Mundo Lusíada com Lusa

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, deu hoje os parabéns a Donald Trump pelo resultado nas eleições norte-americanas e disse estar empenhado em trabalhar numa “colaboração estreita” a nível bilateral, multilateral e da NATO.

Esta posição foi expressa por Luís Montenegro através da rede social X pela manhã, em publicações em português e inglês.

“Parabéns, Presidente Donald Trump. Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse que Portugal respeita a vontade do povo americano e considerou que a escolha de Donald Trump para a Casa Branca em nada alterará a relação institucional entre os dois países.

“Fosse para que candidato fosse, em nada alteraria, por um lado, a nossa relação institucional (…), multissecular de aliado, preferencial e, designadamente, de aliado na matéria de segurança e defesa dos Estados Unidos”, disse à Lusa Paulo Rangel, sublinhando que não havia nenhuma preferência e que a vontade do povo norte-americano é soberana.

O governante disse ainda que o Governo português está a “preparar um novo ciclo de relacionamento”, aproveitando a “tradição multissecular de segurança e defesa, nomeadamente no quadro da NATO e a nível multilateral”, e “estimular as relações económicas”, que “eram já francamente boas e tinham tido desenvolvimentos nos últimos anos muito promissores.

“Tudo isto num quadro de normalidade institucional, normalidade democrática e de amizade entre os dois países”, acrescentou.

O governante reconheceu que “os novos ciclos põem sempre algumas exigências novas” lembrando que o mesmo aconteceu com administrações anteriores.

“Às vezes fala-se nas questões económicas, mas, por exemplo, o Presidente Biden teve o pacote anti-inflação, o chamado IRA, que o obrigou, obviamente, a negociações sérias entre a União Europeia e os Estados Unidos”, exemplificou.

Rangel afirmou que as exigências que o novo ciclo colocam fazem parte de “um quadro de normalidade” na relação diplomática “entre aliados na relação transatlântica”.

“Tudo encarado com normalidade, com regularidade e com aquele sentido democrático que é típico dos portugueses e dos americanos”, acrescentou.

O ministro da Presidência disse hoje que os Estados Unidos da América continuarão a ser “um parceiro preferencial de Portugal” e indicou que o Governo está a acompanhar a “mudança de ciclo” que resultou da eleição presidencial.

“Os Estados Unidos são, foram e serão um parceiro preferencial de Portugal. Tivemos, temos e vamos ter uma aliança histórica que é importante e vantajosa para ambos os povos. Devemos trabalhar em conjunto em muitas dimensões, bilaterais, no plano da NATO e relações multilaterais”, afirmou António Leitão Amaro, em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros.

Questionado sobre a vitória de Trump, Leitão Amaro salientou a “importância desta aliança e desta relação preferencial com os Estados Unidos e a importância desta relação transatlântica”.

António Leitão Amaro disse que “o Governo português respeita as escolhas democráticas livres de um povo que é uma democracia plena” e saudou o vencedor, bem como os congressistas eleitos, aos quais desejou “um bom mandato”.

Trump proclamou a sua vitória sobre a democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais num discurso a partir da Flórida, na madrugada de hoje, enquanto aguarda pela confirmação e oficialização, quando as projeções dos media norte-americanos o colocam a apenas três votos eleitorais de alcançar os 270 necessários para regressar à Casa Branca.

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