Por Bete Carneiro
Como havia prometido ao leitor José Pedro Baptista Gonçalves, estarei homenageando neste artigo, o Vinho Madeira.
Falo de um vinho fortificado, como o Vinho do Porto, porém o processo de elaboração diferente, podendo acrescentar aguardente vínica, durante ou após a fermentação. E quanto mais tarde este processo acontece, mais seco será o vinho. Outra etapa de produção é a estufagem, onde a bebida é colocada em barris de aço inox, em salas com temperaturas de 45º a 50ºC, por um período de três meses. Este método reproduz os efeitos das antigas viagens marítimas, que o vinho ficava em tonéis e sofria com o balanço do mar e as temperaturas altas, e que relatam que o vinho chegava melhor do que quando embarcava.
Com uma região privilegiada, de solo rico de materiais vulcânecos e compostos calcários e clima bem definido, resultando em desenvolvimento de diferentes espécies de viníferas. Uma Ilha belíssima, que petence a Portugal e está localiza a 40 km da costa de Marrocos, no Norte da África. Muita utilizada estratégicamente por Portugal nos séculos XV e XVI. Porém a maior influência na vitivinícola segundo a história foi a passagem dos gregos pela Ilha.
Um vinho marcado pela literatura de Skakespeare, na peça Henrique IV, onde o personagem Falsataff é acusado de vender a alma em troca de um cálice de Vinho Madeira: “que acordo fizeste tu com o diabo, que lhe vendeste a alma na passada Sexta-Feira Santa por um cálice de madeira e uma coxa fria de capão?”, nesta citada peça podemos ver a influência do vinho na Inglaterra.
Outra grande presença e talvez a de maior repercussão foi o fato do dia 4 de Julho de 1776, onde o vinho foi escolhidos pelos patricarcas da Carta da Independência dos Estados Unidos da América, para brindar este momento histórico, onde treze colônias se juntaram para afastar os ingleses e seus cobradores de impostos de seus país.
Um vinho de sabor marcante levando em cada cálice o sabor de histórias e conquistas, o que faz seu sabor mais único do que nunca.
Bete Carneiro
Consultora Gastronômica, escreve mensalmente a coluna “Mundo Gastronômico” sobre gastronomia e sua história, no Mundo Lusíada Online.
Site: http://www.doceepimentagastronomia.com.br/
4 comentários em “Mundo Gastronômico: Vinho Madeira”
Bete
Obrigado pelo artigo sobre o Vinho Madeira, o mesmo que Napoleão Bonaparte levou consigo para Ilha de Santa Helena no seu exílio.
Nós madeirenses te agradecemos.
Abraço,
José Pedro (secretário do conselho deliberativo da Casa Iha da Madeira e folclorista colaborador do Grupo Infanto_Juvenil)
Eu é que tenho que agradecer o seu carinho com minha coluna. Poderia escrever muito mais sobre esta maravilhosa bebida, mais não caberia no espaço da coluna.
Parabéns! Ainda vamos conhecer está belíssima ilha. beijos!
Meu amor, muito em breve.