Mundo Lusíada com Lusa
Nesta quinta-feira, o ministro das Infraestruturas disse que o Governo português quer que a presidente executiva da TAP cesse funções “o mais rapidamente possível”, mas não está ainda decidido quem fica ao comando até à chegada do novo CEO, em abril.
“Essa matéria ainda não foi decidida, [quem fica na liderança até à chegada do novo presidente executivo – CEO], mas a ideia é para que a CEO da TAP deixe de desempenhar funções o mais rapidamente possível”, afirmou João Galamba aos jornalistas.
Na segunda-feira, na sequência do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre o processo de rescisão da TAP com Alexandra Reis, que apontou falhas graves, o Governo decidiu demitir o presidente do Conselho de Administração da companhia aérea, Manuel Beja, e a presidente executiva (CEO), Christine Ourmières-Widener.
Numa comunicação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a TAP esclareceu que aqueles responsáveis continuam em funções e não conhecem os prazos previstos para a destituição.
O Governo escolheu Luís Rodrigues para substituir Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, acumulando os dois cargos, que deverá chegar à companhia aérea em abril, depois de sair da SATA.
Data para sair
Manuel Beja, e Christine Ourmières-Widener não conhecem os prazos previstos para a destituição do cargo, segundo comunicação enviada à CMVM.
“Apesar da aludida intenção do acionista da TAP, o PCA [presidente do Conselho de Administração] e a PCE [presidente da Comissão Executiva], na medida em que, tanto quanto a TAP tem conhecimento, não foi ainda adotada qualquer deliberação pelo acionista, continuam em funções, nos termos da lei, cumprindo as responsabilidades inerentes aos respetivos cargos”, lê-se num esclarecimento enviado pela TAP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na sequência da divulgação do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a indenização de meio milhão de euros a Alexandra Reis.
Adicionalmente, a companhia aérea refere que “relativamente à referida intenção de destituição por justa causa do PCA e da PCE e sua substituição, não dispõe a TAP de informação sobre os concretos procedimentos que estarão a ser adotados nem sobre os concretos prazos previstos para a sua adoção pelo acionista”.
Também na terça-feira, o primeiro-ministro considerou que as exonerações na TAP não vão afetar o processo de privatização da empresa, salientando que o plano de reestruturação continuará a ser executado.
“O processo de privatização da empresa assenta sobretudo na qualidade da TAP, no potencial da TAP e na forma como o plano de reestruturação tem vindo a ser seguido. O plano de reestruturação continuará a ser executado e, portanto, as condições para a privatização não serão postas em causa. Felizmente, há várias empresas que têm manifestado interesse nesse processo”, sustentou o líder do executivo.
António Costa referiu que ainda na semana passada a companhia alemã Lufthansa manifestou interesse em entrar na privatização da TAP.