Parlamento vai desligar luzes da fachada e pedir a deputados que usem transporte públicos

Da Redação da Lusa

O parlamento português vai a partir de hoje desligar a iluminação da fachada durante a madrugada e promover a utilização de transportes públicos por todos os funcionários, deputados incluídos, como parte de uma estratégia para poupar energia.

Em linha com o Plano Nacional de Poupança de Energia 2022/2023 apresentado pelo Governo, a Assembleia da República vai implementar a partir de hoje, 19 de outubro, 23 medidas que têm de ser adotadas pelos serviços e funcionários.

De acordo com o despacho a que a Lusa teve acesso, a iluminação da fachada do Palácio de São Bento e do novo edifício do parlamento vai ser desligada todos os dias depois da meia-noite, “com exceção dos holofotes que iluminam a bandeira nacional”. O mesmo vai acontecer com a iluminação natalícia, quando for instalada.

As luzes das salas de reuniões e dos gabinetes dos deputados têm de estar desligadas quando estiverem vazias — o mesmo acontece com os ares condicionados.

Os ares condicionados têm de estar predefinidos para uma “temperatura máxima” de 25ºC, mínima de 20ºC “em condições de umidade entre 30% e 70%”.

A iluminação do refeitório e do restaurante dos deputados só vão ser ligadas cinco minutos antes da abertura e são desligadas assim que encerrarem.

Todas estas medidas são de aplicação imediata.

O despacho acrescenta que a Assembleia da República vai “promover a utilização de transportes públicos nas deslocações pessoais (casa — trabalho — casa), aumentar os espaços para bicicletas no parque de estacionamento e de carregadores para veículos elétricos.

Na ótica de poupar combustíveis, os motoristas têm de desligar as viaturas quando estão parqueados. É usual os automóveis estarem com os motores ligados durante um longo período de tempo, enquanto estão estacionados.

O parlamento vai também avançar com a substituição das janelas no Palácio de São Bento por “janelas energeticamente eficientes”, integrar iluminação LED em todos os edifícios e substituir as torneiras “existentes por torneiras com sensor”.

A implementação destas últimas medidas não é para já, assim como a instalação de painéis fotovoltaicos “para autoconsumo”.

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