Da Redação com Lusa
A Câmara de Fafe vai investir 12 milhões de euros em habitação social, suportados pelo PRR, beneficiando 138 famílias, de acordo com um contrato celebrado entre a autarquia e a tutela e homologado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação.
De acordo com o presidente do município, Antero Barbosa, o investimento beneficiará 318 pessoas em situação de carência habitacional e vai permitir resolver os problemas que ainda subsistem no concelho do distrito de Braga.
“Este investimento vai permitir a muitas famílias ter uma maior esperança no futuro”, assinalou o presidente.
Numa sessão pública realizada nos paços do concelho, o chefe do executivo anotou que, nos últimos anos, a câmara tem realizado investimentos em habitação social, nomeadamente a recente recuperação do bairro da Cumieira.
Essas intervenções, referiu, têm “minimizado o problema” sem, contudo, conseguir “resolver em definitivo as carências” do concelho.
A aposta de Fafe enquadra-se na Estratégia Local de Habitação, constituindo “um documento estratégico para intervir até 2026”, nomeadamente no âmbito do programa 1º Direito.
Antes da cerimônia, o ministro da tutela visitou o bairro social da Cumieira, na área urbana de Fafe, contactando com moradores, acompanhado pelo presidente da câmara.
O município investiu cerca de 10 milhões de euros na recuperação de 245 apartamentos e respetivos arranjos exteriores daquele complexo habitacional, avançando, também, com um programa de integração das famílias, hoje elogiado por Pedro Nuno Santos.
No discurso, o governante assinalou a aposta da câmara e recordou que, graças ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o investimento poderá ser realizado sem custos para o município, se as obras forem realizadas com celeridade.
Pedro Nuno Santos também se referiu a duas matérias abordadas no discurso do presidente da autarquia, nomeadamente a questão do acesso à futura zona industrial de Regadas, no sul do concelho, para o qual, disse, já foi autorizada a execução do projeto.
Anunciou, ainda, que Fafe constará do futuro Plano Ferroviário Nacional, o que permitirá ao município aproveitar futuros envelopes financeiros dirigidos à rede ferroviária.
“Podemos dizer que Fafe vai lá estar”, indicou o ministro, reafirmando que o Governo mantém a aposta na modernização da rede ferroviária para recuperar o atraso do país nesse domínio.
Para o presidente do município, seria uma mais-valia para o futuro do concelho poder voltar a estar ligado à rede ferroviária, depois de, em 1986, ter sido encerrado o troço que ligava Fafe a Guimarães, que o edil considerou ter sido um “grande erro”.