4600 crianças ucranianas já estão integradas no sistema educativo em Portugal

Crianças refugiadas ucranianas brincam num antigo campo de férias, transformado em local de abrigo para refugiados, onde vivem com as suas mães, em Cosnita, Moldova, 02 de abril. NUNO VEIGA/LUSA
Crianças refugiadas ucranianas brincam num antigo campo de férias, transformado em local de abrigo para refugiados, onde vivem com as suas mães, em Cosnita, Moldova, 02 de abril. NUNO VEIGA/LUSA

Da Redação

Já chegaram a Portugal 39 mil refugiados ucranianos, dos quais 12.500 crianças. Destes refugiados, cerca de três mil já têm contratos de trabalho, e destas crianças, 4600 já estão integradas no sistema educativo português, segundo a Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, em declarações na Assembleia da República.

A Ministra, durante debate urgência requerido pelo Partido Chega sobre garantia dos direitos e liberdades no acolhimento e integração dos refugiados ucranianos, disse que “é verdadeiramente essencial para o Governo” uma plena integração de todos eles no país.

Ana Catarina Mendes disse que a política de acolhimento de Portugal tem sido merecedora do reconhecimento internacional, apontando o agradecimento do Presidente Volodimyr Zelensky ao acolhimento dos deslocados da Ucrânia em Portugal, durante a visita do Primeiro-Ministro António Costa a Kiev.

“Sobre os refugiados que vêm da Ucrânia, é importante que a Assembleia da República tenha consciência que Portugal foi o primeiro país da União Europeia a conceder proteção temporária a estas pessoas e a dizer que aqui acolhia todos os que aqui quisessem chegar”, sublinhou.

“Se há muito que podemos fazer? Sim. Seguramente podemos todos os dias melhorar e isso é também reconhecer quando as coisas correm mal”, disse, referindo que o caso de Setúbal, em que refugiados ucranianos foram recebidos por organizações russas que trabalham com a Câmara Municipal, onde o acolhimento dos refugiados não foi “exemplo no País”.

“A utilidade deste debate – e quero agradecer ao Chega por tê-lo proposto – é mesmo nós perceberemos que mais do que falarmos para os jornais ou para as redes sociais, é falarmos de factos e da política de acolhimento [de Portugal] que tem sido merecedora do reconhecimento internacional”, disse.

Vários partidos defenderam, no parlamento, a necessidade de mais esclarecimentos no que toca ao acolhimento de ucranianos e ao caso de Setúbal, mas rejeitaram que a comissão de inquérito requerida pelo Chega seja solução.

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