Da Redação com Lusa
Mais de um quarto (25,6%) das pessoas, ou seja, 84,7 mil, que estavam desempregadas no quarto trimestre de 2021, transitaram para o emprego no primeiro trimestre deste ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Do total de pessoas que estavam desempregadas no quarto trimestre” do ano passado, “54,0% (178,7 mil) permaneceram neste estado” nos primeiros três meses de 2022 e “25,6% (84,7 mil) transitaram para o emprego”, de acordo com as estatísticas de fluxos entre estados do mercado de trabalho do primeiro trimestre.
Mais de um quinto (20,4%), ou 67,3 mil, “transitaram para a inatividade”, de acordo com o INE.
“Aproximadamente um em cada três desempregados de curta duração (33,4%; 57,5 mil) e uma em cada nove pessoas pertencentes à ‘força de trabalho potencial’ (11,4%; 17,9 mil) no quarto trimestre de 2021 transitaram para o emprego no primeiro trimestre de 2022”, lê-se no documento.
Em igual período, “transitaram para um trabalho por conta de outrem 9,6% (69,8 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta própria no trimestre anterior”.
A percentagem das pessoas que tinham um trabalho por conta de outrem e que transitaram para um trabalho por conta própria “manteve-se em 1,9% pelo terceiro trimestre consecutivo (76,1 mil)”, adianta a INE.
Do total de trabalhadores por conta de outrem que no último trimestre do ano passado tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, “22,0% (146,3 mil) passaram a ter um contrato sem termo no primeiro trimestre de 2022”.
Emprego público
No dia 16, dados divulgados mostram que o número de trabalhadores da administração pública aumentou 2,2% no primeiro trimestre de 2022 face ao trimestre homólogo de 2021, situando-se em 741.288 postos de trabalho, o valor mais elevado desde 2011.
“A 31 de março de 2022, o emprego no setor das administrações públicas situou-se em 741.288 postos de trabalho”, refere a Síntese Estatística do Emprego Público, hoje divulgada pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), assinalando que, “no 1.º trimestre de 2022, o emprego aumentou 2,2% em termos homólogos e 1,0% face ao trimestre anterior”.
Comparando com o trimestre homólogo de 2021, em que o número de funcionários públicos totalizava 725.467, havia no final de março de 2022 mais 15.821 funcionários públicos. Já em relação ao final de 2021, quando o universo total era de 733.896 há agora mais 7.392.
Por comparação com 31 de dezembro de 2011 (ano em que estes dados estatísticos do emprego público começaram a ser trimestralmente divulgados), os 741.288 postos de trabalho agora contabilizados assinalam um aumento de 13.587 postos de trabalho (+1,9%).
Em termos homólogos, o aumento de 2,2% no emprego público resultou essencialmente do crescimento na administração central (+2,1%, correspondente a mais 11.365 postos de trabalho) e na administração local (+2,0%, correspondente a mais 2.558 postos de trabalho), segundo o SIEP.
Os dados agora divulgados sobre o primeiro trimestre deste ano indicam que, ao nível da administração central, o aumento de emprego verificou-se essencialmente nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde houve um acréscimo de 3.771 face ao trimestre homólogo do ano passado.
Seguem-se, ao nível da administração central, os estabelecimentos de educação e ensino básico e secundário (com mais 3.394 empregos) e as Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (mais 1.986).
“Entre as carreiras que mais contribuíram para o aumento homólogo do emprego na administração central salientam-se as carreiras de técnico superior (+2.117), de assistente operacional (+2.062), de enfermeiro (+1.616), de Educadores de Infância e Docentes do Ensino Básico e Secundário (+1.309) e de médico (+1.185)”, refere a Síntese Estatística do Emprego Público.