Com o inicio das exportações da companhia mineira brasileira Vale, que explora carvão mineral na província central de Tete, a balança comercial passará a ser favorável a Moçambique.
Da Redação
Com Portugal Digital
O embaixador brasileiro em Maputo, António de Sousa e Silva, apelou aos empresários do seu país a reforçarem as relações comerciais com Moçambique, de modo a equilibrar a balança comercial entre os dois países, informa a AIM.
Falando em 01 de setembro, em Ricatlha, a cerca de 20km de Maputo, a capital do país, António de Sousa e Silva disse que a balança comercial entre o seu país e Moçambique ficará “altamente” deficitária (a favor de Moçambique) com o inicio das exportações de carvão mineral para aquele país latino-americano, a partir deste mês.
“Cabe aos empresários brasileiros trabalharem no sentido de, num futuro próximo, equilibrarem este deficit”, disse o diplomata, falando durante o seminário realizado por ocasião do Dia do Brasil, no âmbito da Feira Internacional de Maputo (FACIM) que decorre desde segunda-feira.
Em declarações à AIM, António de Sousa e Silva disse que com o inicio das exportações da companhia mineira brasileira Vale, que explora carvão mineral na província central de Tete, a balança comercial passará a ser favorável a Moçambique.
“Há três anos, Moçambique exportou 20 mil dólares para o Brasil e importou 100 milhões, mas depois quando fomos ver, cerca de 90 milhões de dólares correspondiam a compra de dois aviões novos da LAM (Linhas Aéreas de Moçambique) … há quatro anos, Moçambique exportou 50 milhões de dólares, depois vimos que isso era uma compra excepcional de tabaco”, disse o diplomata, sublinhando que não há um fluxo permanente e crescente de comércio entre os dois países.
Com o inicio das exportações do carvão mineral da província de Tete, Moçambique poderá exportar, só em carvão para o Brasil, cerca de 150 milhões de dólares.