Da Redação com Lusa
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse neste domingo, após ter votado, que “ter medo do voto dos portugueses” é “ter medo da democracia”.
“Ninguém tem que ter medo do voto dos portugueses, porque isso é ter medo da democracia. Uma coisa é a nossa opinião e o nosso voto, outra coisa é admitir a diversidade e o voto de todos os portugueses”, afirmou o chefe do Estado, depois de ter votado em Molares, Celorico de Basto, no distrito de Braga.
Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa prosseguiu: “O voto dos portugueses é o que for. É em função desse voto que realmente se vai determinar um futuro, que é muito importante para sair da pandemia”.
O Presidente lembrou que ao novo Governo caberá a missão de “acelerar o crescimento econômico e a utilização dos fundos europeus”.
Questionado sobre se estava arrependido de ter dissolvido o parlamento, respondeu: “O que está feito, está feito, é preciso olhar para o futuro”.
O Presidente disse ter feito “em consciência o que tinha de fazer”, recordando que “o Conselho de Estado, esmagadoramente, apoiou, os portugueses apoiaram”.
Apelou, depois, ao voto dos portugueses nas eleições de hoje, sublinhando que até às 13:05, quando votou na freguesia de Molares, a participação dos eleitores era mais elevada do que nas legislativas de 2019.
“Agora é preciso olhar para o fundamental, que é os portugueses votarem e pelos vistos os números são melhores dos que os de 2019. Votarem, porque é uma prova de vida, uma prova de vitalidade, uma prova de democracia e uma prova de que querem exprimir a sua voz”.
Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que os eleitores “devem exprimir a sua voz e têm muitas escolhas”.
“Uma das riquezas do nosso sistema é realmente oferecer tantas hipóteses alternativas e [os portugueses} devem aproveitá-las”, observou.
Sobre os diferentes cenários governativos que possam sair destas eleições, Marcelo disse não pretender “entrar em especulações”.
“Sabem que vou receber os partidos na terça e na quarta, sabem que este é o conjunto de problemas que os portugueses conhecem e que o futuro Governo vai ter de enfrentar”, afirmou, lembrando que “a fórmula de governo e o tipo de governo”, é que vai “perguntar aos partidos, olhando para os resultados, como é que veem o futuro imediato em termos de governação”.
“Antes disso não me vou pronunciar”, insistiu.