Rejeição do Orçamento cria “dificuldades” à diplomacia e comunidades – MNE

Da Redação com Lusa

O ministro português de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou na terça-feira que a derrubada da proposta do Orçamento do Estado para 2022 no Parlamento coloca “dificuldades acrescidas” a esta pasta porque não poderá usufruir do incremento orçamental que estava contemplado.

Augusto Santos Silva falava à agência Lusa no final da cerimónia de assinatura de protocolos entre o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e quatro universidades norte-americanas para a criação de três cátedras de língua e cultura portuguesa nos Estados Unidos.

“A reprovação da proposta do Orçamento do Estado para 2022 coloca dificuldades, desde logo dificuldades políticas gerais, porque abriu uma crise num momento que bem dispensaria crises”, disse.

Augusto Santos Silva adiantou que o chumbo “vai colocar dificuldades adicionais ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e, dentro dele, à política de comunidades, visto que estava previsto um incremento orçamental”.

“Enquanto não houver novo orçamento, o que teremos como teto de despesa é o estabelecido no ano corrente”, referiu, acrescentando: “Confio que os portugueses rapidamente sejam chamados a escolher e a decidir e, portanto, que o país retome o mais depressa possível as condições para apresentação, discussão e aprovação do Orçamento do Estado”.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022, entretanto chumbada no Parlamento, contemplava uma dotação orçamental da despesa total consolidada de 524,4 milhões de euros, que ultrapassa em 26% a execução estimada até final de 2021.

Os deputados do PS para círculo da emigração já tinham mencionado que o chumbo do orçamento pode cancelar iniciativas voltadas para a diáspora portuguesa.

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