Presidente do CCLB fala sobre evento em São Paulo e a retomada nas associações

Mundo Lusíada

O presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, Manuel Magno Alves, falou ao Mundo Lusíada sobre o movimento de retomada de eventos das casas portuguesas ainda nesse ano.

“Está sendo de forma muito restrita ainda. Nós fizemos um evento há um mês, no Cais do Porto. O Conselho da Comunidade vai ter um outro evento dia 29 de outubro também no Cais do Porto, com cinco fadistas e cinco músicos. Em relação as atividades do Conselho, já é um prenúncio do que pretendemos fazer na retomada” diz Magno.

Segundo ele, algumas iniciativas estão sendo conversadas como retomar as celebrações anuais em frente a Estátua de Pedro Álvares Cabral no Parque Ibirapuera, e na sequencia, eventos na Câmara Municipal de SP; e na Assembleia Legislativa, conforme sempre aconteceu.

“Com relação as casas, estão realmente começando a retomar. Já tivemos um almoço na Comunidade Gebelinense, vamos ter um almoço ainda este mês na mesma casa. Aquelas que não conseguiram fazer ainda os eventos presenciais, por qualquer motivo que seja, conseguiram fazer receitas através das entregas de comidas, drive-thru, em termos de delivery. É uma forma de conseguir receitas para suas casas que ficaram fechadas por dois anos”.

O presidente do CCLB defendeu que os seus eventos, com exceção de 2020, foram realizados direcionados a ajudar artistas e fadistas. “Nós tivemos a dois anos atrás um evento na Casa de Portugal que foi muito falado, muito bonito, e teremos este agora ainda muito restrito, porque não podemos liberar totalmente aglomeração de pessoas. Mas o objetivo é ajudar os artistas, com um cachê porque eles estão há muito tempo sem fazer nada. É nossa obrigação enquanto Conselho da Comunidade em proporcionar uma ajuda para esses artistas”.

Segundo Magno, o órgão também foi procurado em pedidos de auxílio, e ajudou por exemplo o Lar da Provedoria Portuguesa com uma quantia financeira. “O Lar da Provedoria estava com problemas de caixa, e o Conselho fez uma doação em dinheiro para a instituição. Acho que é a nossa obrigação, o Conselho não tem que ter acúmulo de caixa, e não é muito porque o Conselho vive dos patrocínios”.

O CCLB é uma das instituições que recebe algum apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal. Todo ano casas portuguesas e órgãos da diáspora apresentam projetos para o MNE no sentido de aguardar algum auxilio para a promoção cultural e social dos seus trabalhos nas comunidades portuguesas. “Eles nunca me dão o que peço mas sempre dão alguma coisa. Então este evento vai ser pago com a verba que veio de Portugal”.

Para Manuel Magno, que conversa com os representantes e presidentes das casas luso-brasileiras, diz que ninguém quer promover eventos este ano. “Isso exige aglomeração, e para comer as pessoas tiram suas máscaras, então ainda dá um certo receio. Eu acredito que a partir do ano que vem, com o avanço da vacinação no Brasil, a ideia é realmente começar. Alguém tem que ser o primeiro, o Gebelin saiu na frente, vai ter algo no Arouca SP Clube, nós vamos também fazer com pouca gente, e já estamos com planos de voltar as atividades e comemorar as nossas datas nacionais a partir do ano que vem”.

Além de fazer tradicionais almoços, as casas portuguesas também deveriam repensar atividades neste pós-pandemia, como as alternativas de vendas de comida que deram certo em algumas entidades, como na Casa dos Açores.

“É muito difícil hoje, com raras exceções, reunir numa casa um consenso para fazer uma coisa desse tipo, essa é a realidade. Mas esta é uma saída para casas que tem dificuldades, e se multiplicaram na pandemia, financeiramente falando. Algumas casas vão continuar trilhando esse caminho de fazer deliverys, outras não tem nem a condição de fazer dentro da sua casa” finalizou.

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