Mundo Lusíada com Lusa
Depois do presidente de Portugal, também os chefes de Estado de Cabo Verde e de Moçambique confirmaram presença no evento de reabertura do Museu da Língua Portuguesa, no Brasil dia 31 de julho, segundo o Governador de São Paulo, João Doria.
O Presidente português, Marcelo Rebelo, já havia confirmado presença na reinauguração do museu, fechado desde o final de 2015 quando foi atingido por um grande incêndio.
Ao ser questionado sobre a presença dos Presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e de Cabo Verde, Jorge Fonseca, no Brasil, o governador de São Paulo respondeu que ambos devem participar da cerimônia de reabertura.
“Confirmo, ambos estarão presentes (…) São chefes de Estados e sabemos que até o penúltimo momento pode haver algum fato que dificulte a vida deles, mas ambos confirmaram presença”, afirmou Doria.
“Gostaria de mencionar também que o ex-presidente [brasileiro] Fernando Henrique Cardoso, assim como os ex-presidentes José Sarney e Michel Temer também estarão presentes”, acrescentou o governador.
Ao comentar a vinda dos chefes de Estado africanos na reinauguração de um espaço cultural no Brasil, Doria frisou que o Museu da Língua Portuguesa “celebra a variedade e a unidade dos países que têm a língua portuguesa como a língua pátria, a língua mãe.”
“Isto nos une, nos aproxima e, a meu ver, também estimula uma relação diplomática mais fértil e mais intensa não só na cultura, mas também na economia e nos valores de vida entre estes países de língua portuguesa”, concluiu.
Instalado na histórica Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa foi reconstruído após incêndio em dezembro de 2015.
Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma no mundo, ele promove um mergulho na história e na diversidade do idioma através de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos.
Na sua renovada exposição de longa duração, que ocupa o segundo e terceiro andares do edifício, o Museu da Língua Portuguesa vai apresentar experiências inéditas, como “Falares”, que traz os diferentes sotaques e expressões do Brasil; e “Nós da Língua Portuguesa”, que aborda a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
E serão mantidas as principais experiências que marcaram os quase 10 anos de funcionamento do Museu (2006 a 2015) – como a “Praça da Língua”, espécie de ‘planetário do idioma’, que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada em um espetáculo de som e luz.
A reconstrução do Museu tem como patrocinador principal a EDP Brasil, como patrocinadores Globo, Itaú Unibanco e Sabesp e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela gestão do Museu.
A escritora portuguesa #MatildeCampilho traz um pouquinho de Lisboa, sua casa, para o Museu da Língua Portuguesa. E fala de conexões que vão além das palavras. 🔗👇🧶 https://t.co/jBOoeIkpoZ
— Museu da Língua Portuguesa (@MuseudaLingua) July 21, 2021
Os ingressos ainda não foram abertos a venda, mas poderão ser adquiridos exclusivamente pela internet, com dia e hora marcados, e a capacidade de público está restrita a 40 pessoas a cada 45 minutos. Os visitantes receberão chaveiros touchscreen para evitar toque nas telas interativas.
Com a completa recuperação arquitetônica e readequação de seus espaços internos, o Museu manteve os conceitos estruturantes do projeto de intervenção original – assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro, em 2006 – e ganhou aperfeiçoamentos.
No térreo, o museu abre-se à estação, reforçando sua comunicação com a cidade. Nos andares superiores, espaços foram otimizados, novos materiais foram introduzidos e o museu ganhou mais salas para suas instalações. E no terceiro piso haverá um terraço com vista para o Jardim da Luz e a torre do relógio. Este espaço homenageará o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que morreu este ano. A nova versão foi concebida por Pedro Mendes da Rocha e desenvolvida nas etapas de pré-executivo e projeto executivo pela Metrópole Arquitetura, sob coordenação de Ana Paula Pontes e Anna Helena Villela.