Argentina vence Brasil e Messi diz que se livrou de “um espinho” em final histórica

Da redação com Lusa

O argentino Lionel Messi considerou que “precisava de se livrar do espinho” de não ter uma conquista pela seleção e que o triunfo de sábado à noite na Copa América foi o ideal.

“Necessitava de me livrar desse espinho, de conquistar algo com a seleção, estive muito perto durante anos. Sabia que, em algum momento, ia acontecer, e não há melhor momento do que este”, disse Lionel Messi, citado pela Federação argentina (AFA).

A Argentina venceu no sábado, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, o rival Brasil, com um gol de Dí Maria aos 22 minutos, que deu à seleção ‘albiceleste’ a sua 15.ª Copa América, igualando o Uruguai no maior número de títulos na prova.

O jogo no Maracanã, numa competição em que foi eleito, a par de Neymar, o melhor jogador, e foi também o melhor marcador, com quatro gols, juntamente com o colombiano Luís Díaz, do FC Porto, e o peruano Gianluca Lapadula, aconteceu, segundo o jogador, no momento certo.

“Sinto que Deus estava a guardar este momento para mim, contra o Brasil na final, e neste país. É um grande mérito de Lionel [Scaloni, o selecionador]. Ele quis sempre o melhor para a seleção, soube formar uma equipa vencedora e merece esse reconhecimento”, acrescentou Messi.

O jogador, de 34 anos, que tem a sua primeira grande conquista com a seleção, após quatro finais da Copa América perdidas, e também um Campeonato do Mundo, em 2014, numa final que consagrou a Alemanha (1-0), falou ainda na concretização de um sonho.

“Foram muitos dias ‘fechados’, mas o objetivo era claro e pudemos ser campeões. A felicidade é enorme, sonhei muitas vezes com isto”, acrescentou, revelando que desta vez irá de férias feliz.

Lionel Messi explicou ainda que é tempo de aproveitar uma nova geração de jogadores argentinos: “disse-lhes que iam ser o futuro da seleção e não me enganei. Demonstraram isso e hoje somos campeões”.

A finalizar, a ‘estrela’ mundial repetiu a ideia de ser uma final da Copa América para a história, por ter também acontecido na ‘casa’ do Brasil, e falou de Di Maria, do ex-jogador do Benfica, com quem tem coincidido na seleção.

“Disse a Fideo [alcunha por ser magro] que hoje ia ter a sua vingança, e assim foi. Quero partilhar isto com aqueles companheiros que estiveram tantas vezes perto disto e não o conseguiram, isto também é para eles”, concluiu.

A seleção argentina voltou a comemorar um título com sua equipe profissional (foi campeã olímpica em 2004 e 2008) depois de 28 anos. A última conquista havia sido justamente em uma Copa América, em 1993, quando derrotou o México na decisão da edição sediada pelo Equador.

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