Covid-19: Portugal vai comprar 22 milhões de doses de vacinas

A ministra da Saúde, Marta Temido, à chegada para a conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus (covid-19), realizada no Ministério da Saúde, em Lisboa, 16 de setembro de 2020. JOSÉ SENA GOULÃO/POOL/LUSA

Da Redação
Com Lusa

Portugal vai comprar mais de 22 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, o que representa um custo de 200 milhões de euros, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido.

A governante falava aos jornalistas no final de uma reunião de trabalho sobre o plano de vacinação de combate à covid-19 que será apresentado na quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa.

Marta Temido realçou que o processo de vacinação será longo e que os portugueses não se poderão “afastar das regras” a que se têm habituado em tempo de pandemia.

A reunião desta quarta-feira teve também a participação dos membros da ‘task-force’ criada para elaborar o plano de vacinação e que é liderada pelo antigo secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos.

Participaram ainda os ministros de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Saúde, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, assim como o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes.

Portugal contabiliza pelo menos 4.645 mortos associados à covid-19 em 303.846 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde.

Gratuita e facultativa

A ministra da Saúde disse que a vacina contra a covid-19, que poderá chegar a Portugal já em janeiro, será gratuita, facultativa e administrada no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Será obviamente uma vacinação gratuita, facultativa e a realizar no Serviço Nacional de Saúde”, adiantou Marta Temido sobre o plano de vacinação contra a covid-19 que será apresentado na quinta-feira.

Questionada sobre a hipótese de a vacina ser dada nos centros de saúde ou em grandes centros de vacinação menos descentralizados, Marta Temido disse apenas que seria através do SNS, apontando dois cenários possíveis.

“Um primeiro momento em que haverá um contexto de maior escassez no acesso a vacinas e, portanto, também à semelhança daquilo que outros países têm estado a planear será um cenário mais controlado, mas depois admitimos que ao longo do ano de 2021 passemos para um cenário de maior abrangência com mais doses disponíveis e também maior expansão dos pontos de administração”, explicou.

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