OMS vai disponibilizar 120 milhões de testes rápidos para países pobres

Da Redação
Com Lusa

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a organização vai disponibilizar para países mais pobres 120 milhões de testes rápidos de covid-19, com resultados em 15 a 30 minutos.

Numa conferência de imprensa online na sede da OMS em Genebra o responsável lembrou o papel que a organização já tinha tido na disseminação dos reagentes PCR, para que os países pudessem testar a presença do vírus, tendo vindo a trabalhar para desenvolver testes mais rápidos e simples de utilizar em qualquer local.

“Esperamos que outros testes rápidos se sigam”, disse ao anunciar um acordo com várias entidades para que sejam produzidos estes testes para países com poucos recursos. Na conferência de imprensa foi dito que beneficiarão dos testes 133 países, a maioria em África.

“Isto permitirá a expansão dos testes, particularmente em áreas de difícil acesso que não dispõem de instalações laboratoriais ou de pessoal de saúde com formação suficiente para realizar testes PCR”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Os testes rápidos vão ser disponibilizados ao longo dos próximos seis meses, com um preço de cinco dólares por unidade, “substancialmente mais baratos” do que os testes PCR.

Com um acordo e com um financiamento inicial, é preciso agora mais dinheiro para comprar os testes, avisou, explicando que o mundo tem de angariar mais de 35 mil milhões de dólares para o ACT-Accelerator (Acelerador de Acesso a Ferramentas Covid-19).

O ACT-Accelerator é uma colaboração global para acelerar o desenvolvimento, produção e acesso equitativo a testes, medicamentos e vacinas conta a nova pandemia.

Na conferência de imprensa de hoje participaram também Catharina Boehme, diretora executiva da Fundação para Novos e Inovadores Diagnósticos (“Foundation for Innovative New Diagnostics – FIND), e Peter Sands, diretor executivo do Fundo Global de combate à Sida, Tuberculose e Malária.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.957 pessoas dos 74.029 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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