Da Redação Com Lusa
O primeiro-ministro defendeu nesta segunda-feira que Portugal não pode a voltar a parar, tal como aconteceu nos meses de março e abril, porque do ponto de vista social e econômico não é sustentável.
“Nós temos de evitar a todo custo as soluções que tivemos de adotar em março e abril porque, do ponto de vista social e econômico não são obviamente sustentáveis”, afirmou António Costa.
O chefe do Governo falava aos jornalistas à entrada da reunião sobre a evolução da covid-19 em Portugal que junta peritos, políticos e parceiros sociais e que decorre esta tarde, no Porto, com transmissão aberta das intervenções iniciais dos técnicos.
A reunião junta novamente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, líderes partidários, patronais e sindicais.
“Não podemos voltar a pararmos todos, a voltarmos a uma paralisação global da economia porque sabemos bem do impacto brutal que está a ter no emprego, no rendimento das famílias e na vidas das empresas”, vincou.
Fase crítica
“Vamos estar num momento crítico porque vai aumentar o número de pessoas em atividade, depois do regresso das férias, vamos entrar no outono e as aulas vão recomeçar, logo necessariamente o risco de contágio vai aumentar”, disse António Costa.
Esta reunião ganha “grande importância” no atual momento porque, considerou Costa, na fase em o país está é fundamental ouvir de novo os especialistas, não só sobre o atual ponto da situação, mas sobre o que se passa no conjunto da Europa e porque razão mais cedo do que muitos esperavam há um aumento significativo dos casos.
“É um bom momento para relembrarmos a todas e a todos que, até haver uma vacina, a pandemia não passou e é essencial manter todos os cuidados, desde uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social”, referiu.
O primeiro-ministro lembrou que se todos cumprirem as regras consegue-se controlar o aumento substancial da pandemia, o que é essencial para que não haja uma sobrecarga excessiva dos serviços de saúde.
E defendeu ser fundamental manter a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sublinhando que o Governo tem vindo a reforçar essa mesma resposta.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infectadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.