Numa carta enviada à secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Rui Bettencourt manifesta a preocupação do Governo dos Açores com as “dificuldades com que a comunidade portuguesa na Califórnia se tem confrontado no acesso aos serviços consulares, apelando a uma rápida resolução desta situação”.

Existe uma expressiva comunidade de origem portuguesa radicada no estado norte-americano da Califórnia, na sua maioria de origem açoriana.

Rui Bettencourt, citado pelo gabinete de imprensa do Governo dos Açores, afirma que o executivo açoriano teve conhecimento, através de açorianos na Califórnia, da “dificuldade de acesso aos serviços consulares, no que diz respeito ao agendamento de atendimentos para tratar de diversos assuntos”.

Em alguns casos, alguns assuntos só poderiam ser agendados “para data coincidente com ou posterior a maio de 2021”, como é o caso da emissão ou renovação do cartão de cidadão e do passaporte, ou de pedidos de nacionalidade.

No documento, refere-se que “atendendo aos inúmeros constrangimentos e à grande preocupação da comunidade portuguesa da Califórnia, entende o Governo dos Açores que a resolução desta situação é urgente”, pelo que se apela à “melhor atenção na resolução célere deste assunto, dando assim resposta aos anseios e às necessidades” dos portugueses.

Considerando que esta situação causa “enormes transtornos” à comunidade portuguesa, o governante aponta que o facto de a comunidade portuguesa residente na Califórnia ser, segundo os Censos, “uma das maiores dos Estados Unidos da América” e de estar “significativamente presente em diversas áreas da sociedade, nomeadamente na política, no mundo empresarial e no ensino, entre outras, para além de se expressar num dinâmico associativismo, que promove a identidade lusa naquele estado há várias décadas”.

O titular da pasta das Relações Externas recorda que a comunidade lusa “está dispersa por todo o território californiano, o que limita o acesso aos serviços portugueses no Consulado Geral de Portugal em São Francisco”.

Isto apesar da “realização de permanências consulares periódicas em diversas comunidades de sul a norte do referido estado, suspensas devido à situação que se vive atualmente, designadamente a pandemia da covid 19”.