Da Redação Com Lusa
Duas advogadas portuguesas fundaram este mês uma associação que agrega profissionais do setor da imigração de investimento, que tem cada vez maior expressão em Portugal.
“Ao contrário de outros países, em Portugal não existia ainda uma entidade que promovesse formalmente esta área e que procurasse a sua valorização, bem como a agregação dos seus profissionais, com o intuito de gerar mais-valias para o país e divulgar de forma internacional as suas potencialidades”, explicaram as advogadas Sara Sousa Rebolo e Vanessa Rodrigues Lima.
O nome da Associação é PAIIR – Portuguese Association of Immigration, Investment and Relocation.
Em comunicado, as advogadas portuguesas consideraram que o posicionamento de Portugal nesta área “vai ser essencial para ultrapassar a crise global que se aproxima”, face à pandemia da covid-19.
“Os milhares de postos de trabalho diretos e indiretos que a indústria da imigração de investimento gera, bem como o seu contributo para o desenvolvimento de vários setores económicos e para a internacionalização do tecido empresarial é algo que Portugal não deve minimizar”, defenderam.
O setor tem já grande expressão em países como o Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.
Desde que foi lançado em Portugal, em outubro de 2012, o regime de Autorização de Residência para Atividade de Investimento, ou vistos ‘gold’, atraiu 5.431.263.518,27 euros em investimento direto estrangeiro, com a aquisição de bens imóveis a somar 4.908.676.856,49 euros.
Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.652), seguida do Brasil (956), Turquia (433), África do Sul (370) e Rússia (340). Desde o início do programa foram atribuídas 15.431 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 808 em 2020.
Os associados do PAIIR poderão beneficiar das iniciativas e protocolos que a associação se encontra a preparar, com vista à promoção da formação e alargamento da rede de contactos entre profissionais, lê-se no comunicado.