Da Redação
Com Lusa
O investimento captado através dos vistos ‘gold’ recuaram 43% em julho, em termos homólogos, e diminuíram 37% face a junho, para 56 milhões de euros, segundo contas feitas pela Lusa com base nas estatísticas do SEF.
Em julho, o investimento resultante da concessão de Autorização de Residência para Investimento (ARI) totalizou 56.005.967,76 euros, o que representa uma queda de 42,9% face a igual mês de 2019.
Face a junho, o investimento recuou 37%.
No mês passado, foram atribuídos 108 vistos ‘gold’, dos quais 98 por via da aquisição de bens imóveis (37 na compra de imóveis para reabilitação urbana) e 10 através do critério de transferência de capital.
A compra de bens imóveis em julho totalizou 50,3 milhões de euros (a reabilitação urbana ascendeu a 13,1 milhões de euros) e a transferência de capitais a 5,7 milhões de euros.
Do total das concessões de vistos ‘gold’ em julho, 21 foram provenientes da China, 12 dos Estados Unidos, nove do Brasil, oito do Vietname e sete do Líbano.
No acumulado do ano, o montante captado por via dos vistos ‘gold’ ascendeu a 439 milhões de euros, uma queda de 37% face aos primeiros sete meses de 2019.
Entre janeiro e junho, foram atribuídos 808 vistos ‘dourados’
Em mais de sete anos – o programa ARI foi lançado em outubro de 2012 –, o investimento acumulado até julho passado totalizou 5.431.263.518,27 euros, com a aquisição de bens imóveis a somar 4.908.676.856,49 euros.
Do total de investimento em compras de imóveis, 248.497.089,08 euros correspondem ao requisito de aquisição tendo em vista a reabilitação urbana.
Já os vistos atribuídos por transferência de capitais totalizaram 522.586.661,78 euros.
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9.015 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019 e 808 em 2020.
Até julho, em termos acumulados, foram atribuídos 8.487 vistos ‘gold’ por via da compra de imóveis, dos quais 690 tendo em vista a reabilitação urbana.
Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos continuam a totalizar 501 e foram atribuídos 17 por via da criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho (nos últimos meses não tem sido registado qualquer visto atribuído por esta via).
Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.652), seguida do Brasil (956), Turquia (433), África do Sul (370) e Rússia (340).
Desde o início do programa foram atribuídas 15.431 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 808 em 2020.