Da Redação
Com Lusa
O Banco Mundial anunciou nesta terça-feira uma doação de 117 milhões de dólares (104 milhões de euros) para Moçambique, destinada a apoiar uma ação intitulada Projeto de Desenvolvimento Urbano e Descentralização do Governo.
O financiamento da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) “procura impulsionar os benefícios da urbanização nos municípios em todo o país, através da melhoria de infraestruturas urbanas e prestação de serviços, assim como apoio a reformas e capacidades institucionais”.
A maior parte dos fundos do projeto financiará os municípios com base no seu desempenho num programa que inclui 22 municípios das províncias de Gaza, Zambézia, Sofala e Niassa.
O projeto também ajudará qualquer município de Moçambique que tenha iniciativas viáveis a obter financiamento do setor privado.
“Estou satisfeito por termos alcançado este primeiro marco em direção à implementação do projeto”, observou Mark Lundell, diretor do Banco Mundial para Moçambique, citado no comunicado.
A urbanização, “se for corretamente gerida pode acelerar o crescimento econômico, a redução da pobreza e as mudanças estruturais”, sublinhou.
“Igualmente importante é a arquitetura fiscal do país, que deverá permitir aos municípios espaço fiscal e previsibilidade de fundos necessários para atender às suas necessidades de desenvolvimento urbano”, acrescentou Nicoletta Feruglio, especialista sénior do setor público e uma das dirigentes no projeto.
O Banco Mundial realçou que a operação “está alinhada com as prioridades do país descritas no seu Plano Quinquenal, bem como, com o Quadro de Parceria do Banco aprovado em 2017, cujo enfoque é a redução da pobreza no país e aumento do rendimento de 40% da população mais pobre”.
Covid
Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril.
O chefe de Estado, Filipe Nyusi, anunciou no domingo a prorrogação do estado de emergência pela terceira vez – o máximo previsto na Constituição – com levantamento faseado de algumas restrições.
As escolas vão reabrir faseadamente, voltará a haver ligações aéreas internacionais com alguns países, será permitido mais pessoal nos locais de trabalho e os museus poderão reabrir.
Todas as medidas terão de seguir o cumprimento de medidas de prevenção relativas a distanciamento social, lavagem de mãos, uso de máscara e redução da mobilidade.
Moçambique registrou, nas últimas 24 horas, mais seis infeções pelo novo coronavírus, que elevam o total para 889 casos positivos, mantendo-se com seis mortos, anunciou o Ministério da Saúde.
“Os casos novos hoje reportados são de nacionalidade moçambicana. Todos resultam da vigilância nas unidades sanitárias e do rastreio de contatos de casos positivos”, lê-se numa nota de imprensa do Ministério da Saúde.
Os novos casos, entre os quais um menor de 14 anos, estão distribuídos pelas províncias da Zambézia (03), Tete (01), Sofala (01) e província de Maputo (01).
Das 889 infeções registadas em Moçambique, 816 são de transmissão local e 73 são importadas, enquanto 232 são dados como recuperados.
As províncias de Nampula e Cabo Delgado, no norte de Moçambique, são as que registam o maior número de casos ativos, com 268 e 154 casos, respetivamente.
Desde o anúncio do primeiro caso de covid-19 em Moçambique, em 22 de março, o país realizou 29.516 testes de casos suspeitos, tendo rastreado mais de um milhão de pessoas.
Foram colocadas em quarentena domiciliária 20.613 pessoas suspeitas de covid-19 e 2.271 continuam a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde.