Da Redação
Com agencias
Começa à meia-noite desta sexta-feira (26), em Angola, o estado de emergência nacional declarado pelo presidente João Lourenço para combater a covid-19.
Em entrevista à ONU, de Luanda, o coordenador residente das Nações Unidas, Paolo Balladeli, defendeu que o momento também seja usado para reforçar parcerias para atuar em diversas frentes com destaque para a saúde.
“Primeiramente, um programa de resposta que possa, no âmbito médico, no âmbito da saúde, criar as condições para bloquear o alastramento da doença. Como? Fundamentalmente através de testes feitos com todas as pessoas que tenham os sintomas de influenza, como febre, tosse e dor. Os testes devem ser feitos em todas as pessoas, porque se identificarmos os positivos, então eles poderiam ser isolados.”
Até o momento, o país reportou três casos positivos do novo coronavírus com sintomas leves.
De acordo com as autoridades de saúde angolanas já foram realizadas 169 amostras que deram negativo, havendo no entanto dezenas de pessoas sendo acompanhadas em regime de isolamento.
Quarentena
O representante destacou que a realização de testes ajudaria a identificar as pessoas infectadas pelo novo coronavírus ou que tenham tido contato com elas. Os passos seguintes seriam isolar, mantê-las em quarentena e permitir o controle dos possíveis pacientes.
A medida decretada nesta segunda-feira pelas autoridades angolanas é justificada pelo combate à covid-19 diante da vulnerabilidade do país à epidemia, que em todo o mundo já causou mais de 18.589 mortes e cerca de 416.686 casos.
O secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola, Franco Mufinda, disse que Angola elevou o número de pessoas em quarentena institucional por causa da covid-19 de 460 para 526, devido a “denúncias da população”.
Banco Mundial
O Banco Mundial (BM) disponibilizou a Angola 15 milhões de dólares (13,8 milhões de euros) para as ações de combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Segundo o representante residente do BM, Oliver Lambert, o financiamento vai permitir a aquisição de equipamentos de laboratório e materiais de segurança e higiene.
Oliver Lambert, citado pela agência noticiosa angolana, Angop, avançou ainda que decorre um trabalho com os ministérios das Finanças e da Saúde no sentido de se disponibilizar mais financiamento, com vista a dar uma resposta mais abrangente à pandemia da covid-19.
Angola desenvolve várias ações de sensibilização e reforço das medidas de vigilância epidemiológica nos 32 pontos de entrada espalhados pelo país.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de meio milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 23.000.
O continente africano registou até hoje 73 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 2.800 casos, em 46 países.