Escola de Gaia recebe só 6 alunos após uma das crianças passar férias na Itália

Da Redação
Com Lusa

Os pais dos alunos da EB1 de Lagos, em Vila Nova de Gaia, norte de Portugal, protestaram na sexta-feira junto ao estabelecimento de ensino por temerem o contágio dos seus filhos pelo Covid-19, devido à presença de uma criança que recentemente esteve em Milão, na Itália.

Segundo fonte da autarquia, a escola não foi fechada, mas apenas seis de um total de 90 alunos estiveram nas aulas.

Entre os seis alunos que ficaram nas aulas, de acordo com a mesma fonte, não se encontra a criança que esteve em Milão, que optou por ficar em casa.

O delegado da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares deu orientações para que a escola se mantivesse em funcionamento, pelo que, com a ajuda da Escola Segura da PSP, a escola não encerrou, acrescentou a fonte.

Em declarações ao Porto Canal, a encarregada de educação Graciete Alvarenga defendeu que deveriam ser criadas pelas autoridades condições para que a criança ficasse em casa de quarentena.

“Se não forem tomadas medidas, levamos os filhos para casa porque não acho seguro deixar as crianças aqui”, disse, lembrando que a aluna esteve nos últimos dias no país europeu onde se têm verificado mais casos de infectados pelo Covid-19 e que, por isso, deveria ser tomada “uma atitude preventiva, permitir que as pessoas que vêm de fora tenham direito a baixas o tempo necessário de forma a evitar epidemias”.

A Lusa contactou o Agrupamento de Escolas de Valadares, de que faz parte a EB1 de Lagos, da freguesia de Vilar do Paraíso, que não quis prestar declarações, referindo apenas que estão a ser seguidas todas as orientações.

Na sua página na Internet, o agrupamento escolar publicou um esclarecimento a toda a comunidade educativa referindo que, “relativamente a eventuais casos de doença contagiosa, nomeadamente Covid-19, estão a ser seguidas todas as orientações emanadas da Direção-Geral da Saúde e da linha Saúde 24, como é habitual”.

O Covid-19, detectado em dezembro na China e que pode causar infecções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infectou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.

Das pessoas infectadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de mais de 2.800 mortos na China, há registro de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão, um dos quais com confirmação de infecção e o outro por indícios relacionados com o novo coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registrou 52 casos suspeitos de infecção, todos os testes deram negativos.

Segundo a DGS, o risco para a saúde pública em Portugal mantém-se “moderado a elevado”.

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