Da Redação
Com Lusa
A rosa-dos-ventos que está em frente ao Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, foi tapada simbolicamente nesta sexta-feira com uma cobertura negra amovível, num apelo da empresa municipal que gere os equipamentos culturais para a proteção do local.
Segundo a EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, a ação, que coincide com a abertura das Jornadas Europeias do Patrimônio, pretende ser um apelo “à consciência de cada um” para que ajude a preservar “um patrimônio que é de todos”.
A zona de acesso ao Padrão dos Descobrimento, em Belém, foi desenhada e pensada para ser pedonal e de livre acesso, porém, diariamente no local “há também bicicletas, skates, patins, trotinetes e outros veículos que sobre ela circulam, ainda que tal seja proibido, e pastilhas elásticas que são atiradas para o chão por aqueles que passeiam nesta zona”, lê-se numa nota da EGEAC.
No comunicado, a empresa municipal refere ainda que a rosa-dos-ventos, com 50 metros de diâmetro, é visitada diariamente por centenas de pessoas, que, assim, “descobrem o planisfério, as rotas das viagens portuguesas, os bufões e outras criaturas fantásticas que fazem da obra de Cristino da Silva uma peça única, original e irrepetível”.
Inaugurada em 5 de Agosto de 1960, foi desenhada no atelier do arquiteto Luís Cristino da Silva e oferecida pela República da África do Sul, país que se associou às comemorações em homenagem ao Infante.
No topo sul duas inscrições recordam a oferta da União da África do Sul em 1960, e o posterior restauro, em 1994, aquando das Comemorações de Lisboa Capital Europeia da Cultura, em 1994.
Datas, naus e caravelas marcam as principais rotas da expansão portuguesa, entre os séculos XV e XVI. O fundo envolvente é constituído por ondas “mar largo”, motivo emblemático da calçada portuguesa.
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