Da Redação
Com Lusa
O presidente do PSD, Rui Rio, desvalorizou as críticas internas de concelhias sociais-democratas, dizendo que a sua função é a de “dialogar para fora e não para dentro” do partido.
À margem da entrega da lista dos candidatos pelo círculo eleitoral do Porto às eleições legislativas, o líder do PSD disse que o seu adversário direto é o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, sendo com ele que tem de dialogar.
“Eu não sou adversário dos militantes do PSD, o meu adversário é António Costa e é com ele que tenho de dialogar, não é para dentro é para fora”, referiu.
Na semana passada, o presidente da concelhia do PSD do Porto classificou Rui Rio como um presidente do partido “sem rumo nem estratégia” e disse ser uma “incompetente arrogância” a sua “ausência total” durante o atual “período político crítico”.
“Inacreditavelmente, a um mês e meio de eleições legislativas, o presidente do PSD e o seu núcleo duro decidiram tirar férias, a meio duma crise que preocupa os portugueses. A ausência total de PSD, durante duas longas semanas num período político crítico é inaceitável e apresenta um odor demasiado forte a uma incompetente arrogância para que eu consiga manter calado. O PSD é mais do que isto. O PSD não é isto”, escreveu Hugo Neto, em sua rede social.
Perante estas críticas, Rio disse que as listas às eleições de outubro tiveram “larga aceitação” no órgão próprio do partido, por esse motivo, não tem de fazer mais comentários sobre essa questão.
Também no Brasil, o processo de escolha de candidatos do PSD às legislativas de outubro desagradou muita gente do próprio partido, ao ponto de provocar renúncias em secções importantes como São Paulo e Rio de Janeiro.