Da Redação
Com Lusa
As autoridades moçambicanas atualizaram nesta segunda-feira para 38 mortos e 39 feridos, o número de vítimas do ciclone Kenneth na província de Cabo Delgado, num total de mais de 168 mil pessoas afetadas.
De acordo com o mais recente ponto de situação, divulgado pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), a passagem do ciclone Kenneth pela província moçambicana de Cabo Delgado, no Norte, causou 38 mortos, 39 feridos e afetou 168.254 pessoas.
Quase 35 mil casas foram parcial ou totalmente destruídas e 31.256 hectares de culturas afetadas.
Foram ainda destruídas 193 salas de aulas, afetando 21.717 alunos, 14 unidades de saúde e 330 postes de eletricidade.
Os cerca de 30 centros de acolhimento concentram 20.720 pessoas, tendo sido resgatadas das localidades inundadas cerca de 300.
O ciclone Kenneth passou, na semana passada, no norte de Moçambique, causando inundações em várias localidades, depois de em março a zona centro do país ter sido atingida pelo ciclone Idai, que afetou 1,5 milhões de pessoas e provocou 603 mortes.
Ajuda humanitária
Neste dia 29, a União Europeia (UE) aprovou uma verba de 1,5 milhões de euros para ajuda humanitária no norte de Moçambique e no arquipélago das Comores.
O novo financiamento irá ser usado para disponibilizar ajuda alimentar, abrigos, água potável e saneamento, entre outros bens essenciais.
“Moçambique está a enfrentar um duplo desastre, depois de um segundo ciclone devastador ter atingido o país no espaço de um mês”, disse o comissário europeu para a Ajuda Humanitária, Christos Stylianides.
O comissário sublinhou ainda que a UE vai atuar com rapidez, considerando que Moçambique ainda está a recuperar dos efeitos do primeiro ciclone a atingir o país.