Por António Toste Parreira
No passado mês de outubro decorreu o Concurso “Queijos de Portugal – 2018”, realizado pela ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios.
Esta edição do certame, que se dividiu em 22 categorias, contou com a participação de 57 empresas, estando a concurso 208 queijos, 21 dos quais oriundos de oito empresas dos Açores. Importa referir que mais de metade dos queijos apresentados a concurso pelas empresas açorianas foram premiados.
Com uma década de existência, o concurso de queijos de Portugal é uma referência de âmbito nacional, que premeia e promove o que de melhor se faz no país. Tendo, inicialmente, contado com a participação de cerca de 60 queijos, o evento tem vindo a ganhar importância ao longo dos anos e prova disso mesmo são os mais de 200 queijos presentes na edição de 2018.
Durante dois dias foram provados e avaliados os queijos a concurso, por um júri, composto por mais de 20 jurados de diversos setores, nomeadamente, representantes dos organismos de controlo e certificação, do setor queijeiro e gastronômico, da restauração e distribuição, dos consumidores, das universidades, entre outros.
Os queijos dos Açores foram premiados com quatro primeiros lugares e sete menções honrosas, o que deverá orgulhar os Açores e os açorianos, particularmente todos aqueles que diariamente trabalham e produzem alimentos de excelente qualidade, como são os queijos da nossa região.
Os bons resultados agora obtidos devem-se ao esforço e ao trabalho desenvolvido pelos produtores de leite dos Açores, pelo investimento que têm feito na modernização das explorações, na melhoria da genética e no bem-estar animal, que permite produzir uma matéria prima de excelente qualidade, como é o leite dos Açores.
Esses resultados devem ser encarados também como um incentivo à indústria de lacticínios, para continuar a investir na modernização, na qualidade e, sobretudo, na inovação e, ir cada vez mais ao encontro das preferências dos consumidores.
Para além de produzir bem, é preciso vender melhor os nossos produtos, reforçar a nossa oferta em mercados alternativos, que valorizem mais os produtos açorianos, permitindo um rendimento que seja mais justo e melhor distribuído por toda a cadeia de valor.
Os queijos dos Açores têm grande potencial, quer na exportação para o mercado nacional, quer na exportação para o mercado internacional.
Num mercado livre e fortemente competitivo é imperativo diversificar e produzir produtos de qualidade e de valor acrescentado, que permitam alavancar o desenvolvimento dos Açores, reforçando a sustentabilidade socioeconômica e coesão territorial.
A julgar pelos resultados alcançados no presente concurso, os queijos dos Açores estão e continuarão a estar no bom caminho.
Por António Toste Parreira
Deputado PS, ALRAA