Governo defende benefícios com a descentralização na área dos transportes

Da Redação

O Primeiro-Ministro português, António Costa, afirmou que “todos beneficiam com a descentralização na área dos transportes” durante a cerimônia de lançamento do concurso aberto pelo Metropolitano de Lisboa para a renovação do sistema de sinalização e para a aquisição de 14 novas unidades triplas de material circulante.

António Costa referiu que a estratégia de descentralização tem permitido às entidades “concentrar-se naquilo que lhe compete”. “A prova é que a Carris está melhor, porque o acionista [a Câmara Municipal de Lisboa] está focado exclusivamente na empresa”, defendeu.

“Mas o Metro também está melhor e as outras empresas em que o Estado é acionista estão melhores porque o Estado se libertou da atenção e do encargo com a Carris ou com os STCP (Serviço de Transportes Coletivos do Porto)”, acrescentou.

Segundo o governo, a estratégia permite ainda que o Estado trabalhe no que é essencial. E reiterou a prioridade no investimento.

“Vamos conseguir concretizar um sonho que era inimaginável mesmo para aqueles que o defenderam ao longo de décadas, que é podermos ter um verdadeiro sistema de mobilidade metropolitana efetivamente integrado nos seus horários, na bilhética e na sua marca”, disse António Costa.

O Primeiro-Ministro salientou a importância de a primeira etapa desta reforma incidir sobre o centro das áreas metropolitanas porque “a periferia só funciona bem quando o centro estiver a funcionar bem”. “Temos de investir no centro e prepararmo-nos para chegar cada vez mais longe”, afirmou.

Aumento do investimento público

António Costa destacou que a aposta no sistema de mobilidade metropolitana tem sido possível em parte devido ao aumento do investimento público, que caminha para atingir os 40% em 2018.

A capacidade de elevar este valor é consequência da consolidação orçamental saudável e sustentada que teve como fatores de base a confiança – que permitiu a Portugal “poupar 1400 milhões de euros no serviço da dívida que tinha para pagar” -, do crescimento econômico e do aumento da criação de emprego.

“A saída do Procedimento por Déficit Excessivo, a reclassificação da dívida portuguesa pelas agências de notação e a redução dos juros pagos pela dívida pública criaram uma margem que permite a Portugal aumentar o investimento público. No ano passado, o investimento público aumentou 25% e este ano caminhamos para que possa aumentar 40%”, sublinhou António Costa.

O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o Presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Santos, também estiveram presentes na cerimônia.

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