No Brasil, delegação de Macau quer atrair investimentos para China

Mundo Lusíada
Com agencias

Uma delegação de Macau, chefiada pelo secretário para a Economia e Finanças, esteve no Brasil, para atrair investimentos para China, através da utilização de Macau como porta de entrada para as empresas brasileiras.

Em Brasília, representantes dos Ministérios da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPOG) se reuniram, na segunda-feira, com a delegação empresarial de Macau durante o Encontro sobre a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e Países de Língua Portuguesa.

O secretário de Comércio e Serviços do MDIC, Douglas Finardi, reforçou a importância da cooperação entre os países. Finardi lembrou que, recentemente, uma delegação do MDIC participou da 5ª Feira Internacional da China para o Comércio de Serviços (CIFTIS) em Pequim. Na ocasião, a comitiva apresentou os principais serviços que o Brasil pode oferecer aos chineses.

“Trouxemos da CIFTIS um resultado importante. Além de interagir com diversos parceiros, apresentamos possibilidades de parcerias no setor de serviços. Também observamos a dimensão da revolução do varejo chinês, que usa de tecnologia em larga escala. Foi uma agenda importante para aprofundar as relações, principalmente no que diz respeito a serviços”, lembrou.

A delegação de Macau foi presidida pelo secretário para a Economia e Finanças do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Leong Vai Tac, e pela secretária-Geral do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), Xu Yingzhen.

De acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades de Macau, Lionel Leong esteve também, na terça-feira, no Rio de Janeiro, no segundo dia da visita oficial ao país, onde foi recebido pelo vice-governador do Estado.

O secretário para a Economia e Finanças afirmou, nesta ocasião, que Macau, devido à proximidade cultural que tem com os países lusófonos, pode ajudar as empresas brasileiras que querem investir na China, facultando informações sobre o mercado chinês.

As autoridades do território oriental reforçaram ainda o empenho na criação de um centro de liquidações em renminbi junto dos países lusófonos. Esta ideia já tinha sido avançada recentemente pelo chefe do executivo de Macau.

Chui Sai On defendeu, na Assembleia Legislativa, em abril, que as “características próprias da economia de Macau” vão possibilitar “desenvolver mais investimentos com os países de língua portuguesa”, assim como “a criação de plataformas para operações financeiras em renminbi” com os países lusófonos.

Na quinta-feira terminou a visita oficial ao Brasil e a delegação volta a Macau, depois de mais de uma semana em viagens oficiais que incluiu uma passagem por Portugal, onde a delegação esteve reunida com o primeiro-ministro português, António Costa.

De acordo com um comunicado das autoridades de Macau, António Costa afirmou que o governo português vai empenhar-se para apoiar Macau em matéria de recursos humanos qualificados e tecnologia.

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